E se eu mentir para o psicólogo?
A psicoterapia ainda é um processo desconhecido para muitas pessoas. A possibilidade de
mentir ou omitir informações no consultório pode ser frequentemente considerada pelo
paciente, além de um motivo de curiosidade para os que “flertam” com a ideia de fazer
terapia.
Não é incomum o psicoterapeuta se deparar com situações em que o paciente omite, distorce
ou outras em que evita mencionar partes da história, seja esse comportamento intencional ou
não. Uma das possíveis formas do terapeuta conduzir isso, é considerar que naquele momento
não é possível emocionalmente enfrentar determinados aspectos da realidade, ou lidar com a
dor provocada por eles.
Um bom profissional deve compreender as necessidades do seu paciente e respeitar o tempo
estabelecido por ele, sem cobranças ou julgamentos.
Cabe ressaltar que ao longo do processo, esses conteúdos “encobertos” vão ficando mais
evidentes ao psicoterapeuta. Além disso, a maneira com que o paciente se relaciona com o
profissional, diz muito sobre seu funcionamento e sobre a forma com que estabelece seus
vínculos na vida em geral. São dados que promovem ferramentas ricas e importantes para o
terapeuta conduzir seu processo.
O propósito da psicoterapia é promover ao paciente superação, desenvoltura e robustez
emocional, para enfrentar sua dor e lidar com a vida como ela é; sem precisar mentir ou omitir
qualquer parte de sua história, mas autenticando erros e acertos como importantes para seu
amadurecimento, bem como saúde emocional.