Doença de Alzheimer
Dando continuidade ao tema de quadros demenciais, falaremos sobre aquele com maior prevalência: a DOENÇA DE ALZHEIMER.
Segundo dados de 2006, o Alzheimer atingia 26,6 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que este número suba para 1 a cada 85 pessoas até 2050. A incidência da doença aumenta exponencialmente com o avanço da idade, iniciando, normalmente aos 60 anos de idade.
Como todas as demências, o Alzheimer não tem cura, uma vez se tratando de uma doença neurodegenerativa progressiva. No entanto, o diagnóstico e o tratamento precoces possibilitam o retardo dos sintomas.
Apesar de a doença se apresentar de formas diferentes em cada indivíduo, algumas características primárias são marcantes e ajudam no diagnóstico diferencial, como o déficit de memória de curto prazo e desorientação em tempo e espaço.
Com o avanço da doença, outros sintomas também podem acompanhar, como alteração de humor e comportamento e dificuldades de linguagem, culminando na perda de memória de longo prazo episódica (eventos pessoalmente vividos) e semântica (conhecimentos gerais).
O declínio cognitivo é notado pelo sujeito nas primeiras fases da doença, o que leva a grande sofrimento psíquico. Com o comprometimento agudo, o paciente perde a crítica e noção de morbidade e, portanto, desconhece suas limitações.
O diagnóstico é feito por meio de avaliação neuropsicológica que inclui entrevistas com o paciente e familiares, aplicação de testes e exames de imagem.
Nestes últimos, alterações cerebrais podem estar presentes, como diminuição do hipocampo, redução de volume encefálico e aumento dos ventrículos.
Quanto ao tratamento, o acompanhamento neurológico e uso de fármacos que inibem a acetilcolinesterase são indicados, assim como a estimulação das funções cognitivas por meio de reabilitação neuropsicológica.