Dislexia
Você sabia que DISLEXIA não é uma simples consequência de falta de oportunidade de aprendizagem ou de educação escolar inadequada?
A Dislexia é uma perturbação específica de aprendizagem e, portanto, do neurodesenvolvimento, caracterizada por dificuldade em leitura e escrita, embora não cause reflexos na inteligência geral do sujeito, mas em seu desempenho acadêmico. Mais especificamente, trata-se de uma dificuldade na decodificação, reconhecimento e soletração da fluência da palavra, prejudicando sua compreensão e provocando lentidão no processo de leitura. Na escrita, a Dislexia se apresenta pela dificuldade em ortografia, gramática e pontuação, bem como na organização da expressão escrita. Cada pessoa pode apresentar um grau diferente da perturbação, variando de leve a grave. Para ser caracterizado como Dislexia, o transtorno deve persistir por mais de 6 meses e interferir em habilidades acadêmicas fundamentais. Vale ressaltar que tal perturbação não é, simplesmente, uma consequência de falta de oportunidade de aprendizagem ou por educação escolar inadequada.
Os sinais da dislexia já são aparentes nos primeiros anos escolares em grande parte dos indivíduos. Ainda assim, algumas pessoas podem evidenciar mais claramente as manifestações com idade mais avançada, à medida que aumentam as exigências de aprendizagem.
O Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM-V) justifica e salienta o motivo pelo qual a Dislexia é uma perturbação “específica”: 1. por não ser atribuída a uma deficiência intelectual; 2. a atraso global do desenvolvimento; 3. a deficiências auditivas e visuais ou 3. por problemas neurológicos ou motores.
Atualmente, a prevalência de transtornos específicos do desenvolvimento, como um todo (incluindo discalculia), é de 5 a 15% em crianças com idade escolar e 4% em adultos, com predomínio maior no sexo masculino. Em muitos casos, pode vir acompanhada de outros déficits cognitivos (comorbidades), como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Fazem parte do grupo de risco para o desenvolvimento dos transtornos específicos crianças com histórico de prematuridade, baixo peso ao nascer e exposição pré-natal à nicotina.