Depressão não é sinal de fraqueza
Segundo informações do Ministério da Saúde, a prevalência do desenvolvimento de depressão
ao longo da vida é de 15,5% na população brasileira. A OMS aponta que 11,7 milhões de
brasileiros tenham depressão.
Entretanto, esses números e a frequência cada vez maior de diagnósticos, diminuiu o estigma
que a doença ainda carrega. São vários os sintomas físicos e psicológicos da depressão, mas
além deles, o deprimido ainda tem que lidar com um olhar penalizado ou duvidoso, com
comentários de pessoas que o consideram fraco, insuficiente ou desocupado.
A depressão é uma doença neuropsiquipatrica, é certamente “muito mais do que tristeza” e
pode ser crônica. Do ponto de vista psíquico, a pessoa deprimida está longe der ser fraca, mas
alguém que aguentou ser forte por muito tempo, extrapolando os próprios limites. Uma
pessoa que resistiu a situações muito ruins e entrou em uma condição de exaustão. O
deprimido pode ser emocionalmente comparado a um “sobrevivente de guerra”, de uma
guerra interna que promove exacerbado cansaço e sofrimento.
Só poderemos superar efetivamente doenças como depressão ou tantas outras doenças
psicológicas/psiquiátricas, quando as ressignificarmos, validando seu caráter complexo e
patológico, com o mesma seriedade que damos a qualquer outra enfermidade.