Depressão e Epilepsia
No dia 26 de março acontece o Dia Internacional de Conscientização da Epilepsia, conhecido internacionalmente como Purple Day (“Dia Roxo” em inglês). Nesse dia, são implementadas diversas estratégias ao redor do mundo com o objetivo de veicular conhecimento sobre as diversas formas de epilepsias, fornecer apoio àqueles que são portadores dessa condição e implementar estratégias para diminuir o estigma e o preconceito.
Além disso, um outro foco de atenção do Purple Day é o olhar para a qualidade de vida do portador de epilepsia. Um dos aspectos que ganha bastante relevância nesse dia é a depressão. Sabe-se que os portadores de epilepsia estão mais suscetíveis a desenvolver quadros de depressão ao longo da vida, e os estudos mostram que a presença de depressão tem um impacto muito grande na qualidade de vida dessas pessoas.
Os estudos revelam que 20 a 50% dos portadores de epilepsia poderão apresentar quadros de depressão, dependendo do tipo de epilepsia e da evolução da doença.
Entre os motivos para que portadores de epilepsia tenham um risco aumentado para depressão se encontram: um risco genético associado, alterações hormonais, imunológicas e neuroquímicas decorrentes das crises epilépticas, efeitos colaterais de medicações antiepilépticas, estigma, isolamento social e dificuldade de aceitação de seu adoecimento.
Os quadros de depressão nos portadores de epilepsia podem ter características um pouco diferentes do que em outras populações. Em geral, apresentam mais irritabilidade e ansiedade associados; sendo o quadro mais flutuante ao longo do tempo.
É importante saber que tratar a depressão em portadores de epilepsia é fundamental. Sabe-se que sintomas depressivos não devidamente tratados dificultam o controle das crises de maneira adequada. Além disso, como mencionado acima, é um dos principais fatores que impactam na qualidade de vida.