Depressão e Ciclo da Inatividade
Na depressão, muitas vezes há dificuldade em realizar atividades simples ou que antes eram prazerosas. Agir, mesmo com esforço, pode trazer consequências positivas, melhorar o humor e o bem-estar. Por isso, além do tratamento padrão, envolver-se em atividades é essencial para a recuperação, ajudando o indivíduo a se sentir mais ativo e menos solitário.
A ausência dessas atividades pode levar a um ciclo prejudicial: quanto menos se faz, pior se sente; e quanto pior se sente, menos se faz. Quebrar esse ciclo de inatividade é fundamental, e pequenos passos podem fazer uma grande diferença na recuperação.
Mesmo que a ideia de “agir” pareça desafiadora, envolver-se em atividades, por menores que sejam, pode trazer grandes benefícios. Quando nos movemos, criamos oportunidades para experimentar emoções positivas.
Dicas para Iniciar Pequenas Mudanças na Depressão
1. Comece com Pequenas Atividades
Não é necessário realizar grandes mudanças de uma só vez. Escolha algo simples, como levantar-se da cama, tomar um banho ou caminhar por alguns minutos. Pequenos passos podem desencadear um efeito dominador positivo.
2. Estabeleça Rotinas
Criar uma rotina, mesmo básica, ajuda a organizar o dia e reduz a sensação de caos. Estabeleça horários fixos para atividades como comer, dormir e realizar tarefas simples.
3. Escolha Atividades Agradáveis ou Recompensadoras
Atividades que antes de trazerem prazer podem parecer difíceis no início, mas insistir nelas pode reavivar o interesse e a satisfação com o tempo.
4. Aceite Seus Limites
Reconheça que sua energia pode ser limitada. Realizar pequenas conquistas, mesmo nos dias mais difíceis, já é um grande passo em direção à recuperação.
Aos poucos, com paciência e consistência, essas ações podem ajudar a aliviar os sintomas da depressão e melhorar a qualidade de vida.
Psicóloga, Neuropsicóloga e Terapeuta Cognitivo-Comportamental
Iniciei minha trajetória na Psicologia em busca de uma compreensão mais abrangente sobre o funcionamento humano. Durante a graduação, meu interesse pelas matérias “neurológicas” me levou a iniciar estágios em neuropsicologia e atuar como monitora de aplicação de testes neuropsicológicos. Após concluir a graduação, ingressei no aprimoramento em neuropsicologia no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPq-HC-FMUSP), onde pude expandir minha experiência em psicopatologia e avaliações neuropsicológicas.
No IPq-HC-FMUSP, realizei avaliações cognitivas e de personalidade de indivíduos com uma ampla variedade de patologias neurológicas e psiquiátricas, tanto em pacientes internados quanto ambulatoriais. Além disso, aproximei-me da abordagem cognitivo-comportamental, o que me motivou a buscar uma formação específica nessa área. Também tive a oportunidade de me envolver em pesquisas sobre transtornos do humor, nas quais continuo atuando como voluntária.
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