Deficiência Intelectual
A Deficiência Intelectual (DI) ou Transtorno do Desenvolvimento Intelectual, segundo nomenclatura do Manual Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V), é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits funcionais, intelectuais e adaptativos, interferindo nos mais diversos âmbitos da vida, como: motricidade, linguagem, relacionamentos sociais e atividades de vida diária. Para que seu diagnóstico seja confirmado, três critérios devem ser preenchidos (DSM-V):
A. Déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados.
B. Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a independência pessoal e responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, como comunicação, participação social e vida independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na comunidade.
C. Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o período do desenvolvimento.
O comprometimento pode variar de leve a profundo de acordo com base no funcionamento adaptativo.
A Deficiência Intelectual acomete 1% da população geral com variações em decorrência da idade. 6 em cada 1000 destes apresentam o quadro mais grave.
A etiologia (causas) envolve tanto componentes genéticos quanto fisiológicos, mas o ambiente ou quadros adquiridos também podem influenciar. Portanto o fenótipo (características físicas) da Deficiência Intelectual pode variar de acordo com a doença associada a ela.
Por exemplo, quando associada à Síndrome de Down, a Deficiência Intelectual pode receber características típicas como: olhos amendoados, prega palmar transversal única (prega simiesca), dedos curtinhos, fissuras palpebrais oblíquas, ponte nasal achatada e língua protusa. Mas a Dl também pode receber fenótipos comportamentais, como na síndrome de LeschNyhan, em que o paciente apresenta comportamento autolesivo.
O diagnóstico precoce pode contribuir para a melhora do funcionamento adaptativo, uma vez que o paciente recebe a estimulação necessária para seu desenvolvimento. Para tanto, o diagnóstico envolve avaliação neuropsicológica (com enfoque em comportamento adaptativo e capacidade intelectual) e física, além de investigação genética.
1 Comment
Anete Mancini
Muito bom. Obrigada