Hoje temos quase 3 bilhões de usuários de internet no mundo. Estudos estimam que 59% dos europeus entre 9-16 anos de idade que usam a internet tem o seu próprio perfil nas redes sociais. Entre os americanos, 4 em cada 5 (80%) usuários de internet também tem o seu perfil nas redes.
Com esse crescente de jovens interconectados, tem surgido um problema cada vez mais discutido na mídia e que agora também passou a ser mais estudado cientificamente na esfera da saúde mental: o fenômeno do cyber-bullying.
O cyber-bullying é qualquer comportamento que ocorre através de mídias digitais ou eletrônicas por indivíduos ou grupos que comunicam mensagens hostis ou agressivas com a intenção de causar dano ou desconforto nos outros.
A prevalência de jovens americanos entre 12-18 anos que sofreram cyber-bullying chegou a 7% , dados de um levantamento nacional norte-americano (National Crime Victimization Survey, 2013).
Mas quais são as diferenças entre o cyber-bullying e o bullying tradicional?
Uma das particularidades do cyber-bullying é o fato de que, no mundo virtual, uma única ofensa emitida por uma única pessoa pode ser replicada várias vezes na rede e tomar proporções devastadoras.
Além disso, o cyber-bullying é de natureza mais permanente, pois é extremamente difícil apagar da rede os conteúdos difamatórios e, quando se consegue fazer isso, muito estrago já foi feito.
A prática de homofobia, racismo e vazamento de conteúdos pessoais privados sem autorização são exemplos de ataques graves que podem acontecer nas redes sociais.
Outros aspectos importantes que diferenciam o cyber-bullying do bullying tradicional são:
Alta disseminação dos dispositivos móveis (celulares e tablets) entre os adolescentes;
Alta aderência dos jovens às redes sociais, o que leva as vítimas a tolerarem por mais tempo o sofrimento decorrente do cyber-bullying, ao invés de simplesmente se afastarem da plataforma digital;
Na maioria das vezes, a vítima do cyber-bullying deixa de contar o problema a um adulto de referência, por sentir vergonha ou fragilizado ou por ter receio de terem seu acesso à internet confiscado pelo adulto;
A suposta condição de anonimato de quem pratica o cyber-bullying, conferindo uma sensação de “proteção” para os perpetradores das ofensas;
Ausência da figura de uma autoridade (pais, professores, adultos em geral) para prontamente vigiar e coibir quanto à ocorrência do cyber-bullying nas redes).
Como suspeitar do problema?
As vítimas do cyber-bullying frequentemente sofrem calados. Por isso, é muito importante que os pais mantenham um diálogo aberto e compreensivo com seus filhos acerca de suas possíveis dificuldades, tanto dentro do ambiente da escola, quanto no âmbito específico das redes sociais.
Se houver suspeita de que seu filho está sofrendo qualquer tipo de bullying, o diálogo pautado em empatia e confiança é sempre a melhor ferramenta para detectar o problema e poder ajudá-lo! Além disso, vale sempre a pena conversar com os profissionais da escola para juntar informações e entender melhor o que está acontecendo.
Além disso, é comum as vítimas apresentarem sintomas como:
Altos níveis de estresse emocional
Depressão
Comportamentos de evitação (parar de querer ir para a escola ou de frequentar determinados grupos)
Queda no rendimento escolar
Isolamento social
Medo intenso
Alexitimia (incapacidade de descrever emoções ou sentimentos)
Insônia
Sintomas físicos, como dor de cabeça e dores abdominais
Abuso de álcool
Consumo de tabaco
Um dado ainda mais preocupante reportado em estudos com crianças e adolescentes é que o cyber-bullying confere um risco 44% maior de suicídio para suas vítimas, quando comparado ao risco das vítimas do bullying tradicional.
Como lidar com o problema?
Algumas orientações aos jovens sobre um uso mais seguro das redes são sempre válidas. Por exemplo, orientá-los a manter os seus perfis privados nas redes sociais, não aceitar solicitações de amizade de pessoas desconhecidas e selecionar bem quais conteúdos pessoais serão disponibilizados na internet (a ajuda de um adulto pode ser bastante importante nessa hora).
Nos casos em que o cyber-bullying é praticado por colegas da escola, é recomendado solicitar reuniões com os professores e pais dos alunos envolvidos para melhor intervir no problema.
A avaliação da vítima do cyber-bullying por um psiquiatra é de extrema importância, principalmente quando já se percebe algum grau de sofrimento emocional significativo. Oriente-se e previna!
Bibliografia: 1- Aboujaoude, E., et al. Cyberbullying: Review of an Old Problem Gone Viral. Journal of Adolescent Health (2015) 2- Geel M, Vedder P, Tanilon J. Relationship Between Peer Victimization, Cyberbullying, and Suicide in Children and Adolescents – A Meta-analysis. JAMA Pediatr. 2014
A demanda da minha atividade profissional ao longo dos últimos anos cresceu exponencialmente, tornando-se um desafio cada vez maior conciliá-la com o atendimento de altíssima qualidade, do qual não abro mão.
Hoje temos quase 3 bilhões de usuários de internet no mundo. Estudos estimam que 59% dos europeus entre 9-16 anos de idade que usam a internet tem o seu próprio perfil nas redes sociais. Entre os americanos, 4 em cada 5 (80%) usuários de internet também tem o seu perfil nas redes. Com esse crescente de jovens interconectados, tem surgido um problema cada vez mais discutido na mídia e que agora também passou a ser mais estudado cientificamente na esfera da saúde mental: o fenômeno do cyber-bullying. O cyber-bullying é qualquer comportamento que ocorre através de mídias digitais ou eletrônicas por indivíduos ou grupos que comunicam mensagens hostis ou agressivas com a intenção de causar dano ou desconforto nos outros. A prevalência de jovens americanos entre 12-18 anos que sofreram cyber-bullying chegou a 7% , dados de um levantamento nacional norte-americano (National Crime Victimization Survey, 2013). Mas quais são as diferenças entre o cyber-bullying e o bullying tradicional? Uma das particularidades do cyber-bullying é o fato de que, no mundo virtual, uma única ofensa emitida por uma única pessoa pode ser replicada várias vezes na rede e tomar proporções devastadoras. Além disso, o cyber-bullying é de natureza mais permanente, pois é extremamente difícil apagar da rede os conteúdos difamatórios e, quando se consegue fazer isso, muito estrago já foi feito. A prática de homofobia, racismo e vazamento de conteúdos pessoais privados sem autorização são exemplos de ataques graves que podem acontecer nas redes sociais. Outros aspectos importantes que diferenciam o cyber-bullying do bullying tradicional são: Alta disseminação dos dispositivos móveis (celulares e tablets) entre os adolescentes; Alta aderência dos jovens às redes sociais, o que leva as vítimas a tolerarem por mais tempo o sofrimento decorrente do cyber-bullying, ao invés de simplesmente se afastarem da plataforma digital; Na maioria das vezes, a vítima do cyber-bullying deixa de contar o problema a um adulto de referência, por sentir vergonha ou fragilizado ou por ter receio de terem seu acesso à internet confiscado pelo adulto; A suposta condição de anonimato de quem pratica o cyber-bullying, conferindo uma sensação de “proteção” para os perpetradores das ofensas; Ausência da figura de uma autoridade (pais, professores, adultos em geral) para prontamente vigiar e coibir quanto à ocorrência do cyber-bullying nas redes). Como suspeitar do problema? As vítimas do cyber-bullying frequentemente sofrem calados. Por isso, é muito importante que os pais mantenham um diálogo aberto e compreensivo com seus filhos acerca de suas possíveis dificuldades, tanto dentro do ambiente da escola, quanto no âmbito específico das redes sociais. Se houver suspeita de que seu filho está sofrendo qualquer tipo de bullying, o diálogo pautado em empatia e confiança é sempre a melhor ferramenta para detectar o problema e poder ajudá-lo! Além disso, vale sempre a pena conversar com os profissionais da escola para juntar informações e entender melhor o que está acontecendo. Além disso, é comum as vítimas apresentarem sintomas como: Altos níveis de estresse emocional Depressão Comportamentos de evitação (parar de querer ir para a escola ou de frequentar determinados grupos) Queda no rendimento escolar Isolamento social Medo intenso Alexitimia (incapacidade de descrever emoções ou sentimentos) Insônia Sintomas físicos, como dor de cabeça e dores abdominais Abuso de álcool Consumo de tabaco Um dado ainda mais preocupante reportado em estudos com crianças e adolescentes é que o cyber-bullying confere um risco 44% maior de suicídio para suas vítimas, quando comparado ao risco das vítimas do bullying tradicional. Como lidar com o problema? Algumas orientações aos jovens sobre um uso mais seguro das redes são sempre válidas. Por exemplo, orientá-los a manter os seus perfis privados nas redes sociais, não aceitar solicitações de amizade de pessoas desconhecidas e selecionar bem quais conteúdos pessoais serão disponibilizados na internet (a ajuda de um adulto pode ser bastante importante nessa hora). Nos casos em que o cyber-bullying é praticado por colegas da escola, é recomendado solicitar reuniões com os professores e pais dos alunos envolvidos para melhor intervir no problema. A avaliação da vítima do cyber-bullying por um psiquiatra é de extrema importância, principalmente quando já se percebe algum grau de sofrimento emocional significativo. Oriente-se e previna! Bibliografia: 1- Aboujaoude, E., et al. Cyberbullying: Review of an Old Problem Gone Viral. Journal of Adolescent Health (2015) 2- Geel M, Vedder P, Tanilon J. Relationship Between Peer Victimization, Cyberbullying, and Suicide in Children and Adolescents – A Meta-analysis. JAMA Pediatr. 2014
Hoje temos quase 3 bilhões de usuários de internet no mundo. Estudos estimam que 59% dos europeus entre 9-16 anos de idade que usam a internet tem o seu próprio perfil nas redes sociais. Entre os americanos, 4 em cada 5 (80%) usuários de internet também tem o seu perfil nas redes. Com esse crescente de jovens interconectados, tem surgido um problema cada vez mais discutido na mídia e que agora também passou a ser mais estudado cientificamente na esfera da saúde mental: o fenômeno do cyber-bullying. O cyber-bullying é qualquer comportamento que ocorre através de mídias digitais ou eletrônicas por indivíduos ou grupos que comunicam mensagens hostis ou agressivas com a intenção de causar dano ou desconforto nos outros. A prevalência de jovens americanos entre 12-18 anos que sofreram cyber-bullying chegou a 7% , dados de um levantamento nacional norte-americano (National Crime Victimization Survey, 2013). Mas quais são as diferenças entre o cyber-bullying e o bullying tradicional? Uma das particularidades do cyber-bullying é o fato de que, no mundo virtual, uma única ofensa emitida por uma única pessoa pode ser replicada várias vezes na rede e tomar proporções devastadoras. Além disso, o cyber-bullying é de natureza mais permanente, pois é extremamente difícil apagar da rede os conteúdos difamatórios e, quando se consegue fazer isso, muito estrago já foi feito. A prática de homofobia, racismo e vazamento de conteúdos pessoais privados sem autorização são exemplos de ataques graves que podem acontecer nas redes sociais. Outros aspectos importantes que diferenciam o cyber-bullying do bullying tradicional são: Alta disseminação dos dispositivos móveis (celulares e tablets) entre os adolescentes; Alta aderência dos jovens às redes sociais, o que leva as vítimas a tolerarem por mais tempo o sofrimento decorrente do cyber-bullying, ao invés de simplesmente se afastarem da plataforma digital; Na maioria das vezes, a vítima do cyber-bullying deixa de contar o problema a um adulto de referência, por sentir vergonha ou fragilizado ou por ter receio de terem seu acesso à internet confiscado pelo adulto; A suposta condição de anonimato de quem pratica o cyber-bullying, conferindo uma sensação de “proteção” para os perpetradores das ofensas; Ausência da figura de uma autoridade (pais, professores, adultos em geral) para prontamente vigiar e coibir quanto à ocorrência do cyber-bullying nas redes). Como suspeitar do problema? As vítimas do cyber-bullying frequentemente sofrem calados. Por isso, é muito importante que os pais mantenham um diálogo aberto e compreensivo com seus filhos acerca de suas possíveis dificuldades, tanto dentro do ambiente da escola, quanto no âmbito específico das redes sociais. Se houver suspeita de que seu filho está sofrendo qualquer tipo de bullying, o diálogo pautado em empatia e confiança é sempre a melhor ferramenta para detectar o problema e poder ajudá-lo! Além disso, vale sempre a pena conversar com os profissionais da escola para juntar informações e entender melhor o que está acontecendo. Além disso, é comum as vítimas apresentarem sintomas como: Altos níveis de estresse emocional Depressão Comportamentos de evitação (parar de querer ir para a escola ou de frequentar determinados grupos) Queda no rendimento escolar Isolamento social Medo intenso Alexitimia (incapacidade de descrever emoções ou sentimentos) Insônia Sintomas físicos, como dor de cabeça e dores abdominais Abuso de álcool Consumo de tabaco Um dado ainda mais preocupante reportado em estudos com crianças e adolescentes é que o cyber-bullying confere um risco 44% maior de suicídio para suas vítimas, quando comparado ao risco das vítimas do bullying tradicional. Como lidar com o problema? Algumas orientações aos jovens sobre um uso mais seguro das redes são sempre válidas. Por exemplo, orientá-los a manter os seus perfis privados nas redes sociais, não aceitar solicitações de amizade de pessoas desconhecidas e selecionar bem quais conteúdos pessoais serão disponibilizados na internet (a ajuda de um adulto pode ser bastante importante nessa hora). Nos casos em que o cyber-bullying é praticado por colegas da escola, é recomendado solicitar reuniões com os professores e pais dos alunos envolvidos para melhor intervir no problema. A avaliação da vítima do cyber-bullying por um psiquiatra é de extrema importância, principalmente quando já se percebe algum grau de sofrimento emocional significativo. Oriente-se e previna! Bibliografia: 1- Aboujaoude, E., et al. Cyberbullying: Review of an Old Problem Gone Viral. Journal of Adolescent Health (2015) 2- Geel M, Vedder P, Tanilon J. Relationship Between Peer Victimization, Cyberbullying, and Suicide in Children and Adolescents – A Meta-analysis. JAMA Pediatr. 2014
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