Como você lida com a raiva?
A raiva é sentimento que todos os seres humanos têm e pode envolver tanto aspectos de irritabilidade e frustração ou até mesmo ira e violência. Trata-se de um sentimento desencadeado por estímulos negativos, por exemplo, quando ouvimos algo que não queremos ou quando nos sentimos ameaçados.
Fisicamente, a raiva pode se expressar através de músculos tensionados, respiração acelerada, dentes cerrados, punhos fechados, frequência cardíaca aumentada, sudorese e tremores.
As pessoas podem reagir de diferentes maneiras diante desse sentimento: se isolando socialmente, queixando-se pelas costas da pessoa, se automutilando, fazendo uso de álcool ou outras drogas, brigando com outra pessoa, demonstrando linguagem violenta ou até mesmo realizando atos de violência física.
Apesar de ser um sentimento frequente, algumas pessoas podem apresentar dificuldades para lidar com ele. Tais problemas podem ser evidenciados, por exemplo, quando a pessoa se sente impaciente com outras pessoas mesmo por questões irrelevantes, se envolve frequentemente em brigas e discussões, costuma quebrar objetos, agredir outras pessoas, ou tem pensamentos frequentes de violência. Com isso, há um sofrimento intenso.
Como lidar?
O primeiro ponto para o manejo adequado da raiva é aprender a reconhecê-la. A auto-observação é fundamental: deve-se ganhar consciência das situações que costumam desencadear a raiva, os sinais físicos revelados e os pensamentos que acompanham.
Assim, é possível identificar quais são as respostas habituais a raiva: ela tende a ser excessivamente reprimida? Você costuma se isolar? Chorar? Reagir com agressividade?
Através da percepção de situações que rotineiramente desencadeiam raiva, é possível traçar um plano de como reagir quando se deparar com uma situação semelhante. Tal plano pode ser desenvolvido e exercitado junto a seu terapeuta.
Por sua vez, a detecção dos sinais físicos que acompanham a raiva auxilia a identificá-la precocemente. Desse modo, é possível a aplicação, por exemplo, de alguns exercícios de respiração, como o exercício de respiração diafragmática, ou de relaxamento.
Por fim, reconhecer os pensamentos que acompanham a raiva pode auxiliar a redimensionar a sua reação. Por exemplo, quando somos tomados pela raiva é difícil focar a atenção em outra coisa, pois parece que nossa atenção fica completamente direcionada para aquilo que nos incomodou.
Desse modo, o que gerou raiva costuma nos parecer algo muito grande. Contudo, tente “dar um passo para trás” e imagine se aquilo será importante daqui uma semana, daqui um mês ou daqui um ano. E então se pergunte: será que vale a pena a reação que você terá?