Como psicoterapia pode ajudar vítimas de crenças limitantes no contexto das fake news
A psicoterapia pode desempenhar um papel importante na prevenção da propagação e impacto das fake news, principalmente ao abordar aspectos psicológicos que tornam as pessoas mais vulneráveis a essas informações enganosas. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a psicoterapia pode ajudar:
Desenvolvimento da Alfabetização Midiática: A psicoterapia pode incluir a promoção da alfabetização
midiática, capacitando os indivíduos a desenvolverem habilidades críticas para avaliar a credibilidade das
fontes de informação, reconhecer sinais de desinformação e discernir entre fatos e opiniões.
Exploração de Crenças e Valores: Ter um espaço para explorar e discutir crenças pessoais e valores com um terapeuta pode ajudar os indivíduos a compreenderem melhor suas próprias perspectivas. Isso pode
reduzir a necessidade de buscar validação em notícias que confirmam preconceitos pessoais.
Conscientização sobre Viés Cognitivo: A psicoterapia pode ajudar as pessoas a reconhecerem e lidarem
com seus próprios viés cognitivo, como a tendência de se apegar a informações que confirmam suas
crenças pré-existentes. Isso pode aumentar a abertura para considerar perspectivas alternativas.
Gerenciamento de Emoções: Muitas fake news são projetadas para evocar respostas emocionais intensas, como medo ou raiva. A psicoterapia pode ajudar os indivíduos a desenvolverem estratégias eficazes para gerenciar suas emoções, o que pode diminuir a suscetibilidade a mensagens sensacionalistas.
Promoção da Resiliência Psicológica: Fortalecer a resiliência psicológica pode ajudar as pessoas a lidarem melhor com a incerteza e a ambiguidade, facilitando a resistência a informações falsas que exploram essas vulnerabilidades.
Estímulo ao Pensamento Crítico: A psicoterapia pode incentivar o desenvolvimento do pensamento crítico, encorajando os indivíduos a questionarem ativamente as informações que encontram, a considerarem múltiplas perspectivas e a buscarem fontes confiáveis.
Foco na Comunicação Aberta: Ter um ambiente terapêutico aberto e de confiança pode encorajar os
clientes a compartilharem suas dúvidas e preocupações sobre informações que encontram online. Isso
pode facilitar a correção de desinformações e a busca por fontes mais confiáveis.
Educação sobre Fontes de Informação Confiáveis: A psicoterapia pode envolver a educação sobre fontes de informação confiáveis e a importância de verificar a credibilidade das fontes antes de acreditar ou compartilhar informações.
Embora a psicoterapia desempenhe um papel significativo na promoção da resiliência psicológica e na
prevenção da vulnerabilidade à desinformação, é crucial também implementar esforços educacionais em larga escala para abordar as raízes sociais e estruturais da propagação de fake news.
A Psicologia não estava em meus planos de carreira até descobrir que já tinha sido escolhido por ela antes mesmo de me imaginar como profissional.
Lembrei-me de como eu costumava passar o tempo do recreio imaginando o porquê de alguém se sentir ou agir assim ou assado.
Tive o privilégio de ingressar na Universidade de São Paulo pois esta instituição me ajudou a pensar de forma mais crítica e aprofundada sobre o comportamento humano. E assim foi feita a graduação, sempre almejando trabalhar com aquilo que, de alguma forma, poderia contribuir para os que buscavam uma vida mais satisfatória. Consequência natural foi me especializar em Neuropsicologia, ramo da ciência que pôde me auxiliar num atendimento mais personalizado, conectando-me a outros profissionais de campos diversos e talentos únicos, essenciais para essa empreitada cheia de obstáculos. Atualmente sou psicoterapeuta de abordagem analítico-comportamental, já com experiência em atividades de aconselhamento em ambulatórios de medicina preventiva, oncologia, planejamento familiar e como psicólogo clínico em terapias individuais. Além disso, realizo Avaliação Neuropsicológica, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas (ex: Alzheimer) ou distúrbios de aprendizagem e desenvolvimento (ex: Déficit de Atenção e Hiperatividade, Autismo, etc.), prestando suporte aos médicos, cuidadores e educadores. Costumo brincar que meu maior medo como psicólogo, não é quando vai atender a primeira vez alguém e sim, se esta pessoa irá retornar para nossa próxima sessão. Para minha sorte, foi uma agradável surpresa ter a chance de, cada vez mais, rever os rostos construindo suas histórias, as mesmas que ajudei a inspirar. É esta alegria que continua impulsionando meu contínuo crescimento pessoal e profissional.
Artigos recentes
Mancini Psiquiatria
