Como auxiliar um ansioso
A ansiedade é um sintoma cada vez mais comum e frequentemente somos acometidos por ela, ou nos deparamos com uma pessoa próxima sofrendo em função da ansiedade. Medo, aflição, angústia, preocupação excessiva, necessidade de antecipação, insegurança, impotência todos esses são motivadores de ansiedade. Portanto, o desgaste emocional de uma pessoa ansiosa é alto, e parece que nosso estilo de vida “moderno”, nos conduz cada vez mais a sentimentos como esses. Destacamos três maneiras práticas de auxílio, para serem aplicadas ao nos depararmos com alguém que esteja sofrendo por ansiedade:
1 – ESCUTE. Escutar se tornou raro atualmente. Todo mundo tem pressa, tem opinião, tem uma “receita de bolo” com resposta pronta para o seu problema. Escutar significa estar aberto, demonstrar interesse e curiosidade pelo que o outro tem a expressar, sem formulações antecipadas de resposta. Se sentir ouvido já é terapêutico, reforça sua importância na vida de quem está te ouvindo, alivia a dor e a sensação de solidão.
2 – DEMONSTRE APOIO. Provavelmente você não terá uma solução para o que vai ouvir e é importante que a própria pessoa atribua significado ao problema e encontre uma solução. Mas, demonstre apoio a esse processo dela, suporte, disposição para contribuir com suas necessidades, decisões e consequências.
3 – INCENTIVE INTERVENÇÕES EFETIVAS. Pessoas ansiosas tendem a se sobressaltar quando a ansiedade aumenta e a negligenciá-la após estabilização dos sintomas. Porém, não é incomum um “perfil ansioso”, ou seja, a ansiedade como um componente que faz parte do funcionamento emocional da pessoa. E para que haja qualidade de vida, apesar desse perfil, não se pode tomar apenas ações imediatas ou fornecer respostas rápidas diante de uma crise.
A prática regular de exercícios físicos e acompanhamento psicológico por exemplo, são medidas que auxiliam na manutenção da estabilidade emocional.
Compreender mais o comportamento humano e poder contribuir de alguma maneira na qualidade de vida das pessoas, sempre me gerou curiosidade e interesse. Por isto, desde muito cedo me apaixonei pela Psicologia.
Ainda na graduação de psicologia conduzi meus olhares para área de saúde mental e participei da equipe de doenças neurodegenerativas na UNIFESP, onde tive meus primeiros contatos com a Neuropsicologia.
Iniciei minhas especializações pela Psicopatologia e Dependência Química. Essa experiência me trouxe o desejo de aprofundar ainda mais meus conhecimentos na relação entre neurociência e a saúde mental. Por isto, escolhi o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP para consolidar minha atuação clínica.
No Instituto atuei como Psicoterapeuta abordando temas relacionados a masculinidade e feminilidade no Gender Group. Também estive como colaboradora no Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Álcool e Drogas (GREA), o que contribuiu para ampliar e fortalecer meu repertório sobre dependência química.
Retomei o contato com a Neuropsicologia, área promissora que estabelece relação entre o funcionamento cerebral e o comportamento humano, na qual possuo título de especialista.
Além de realizar diversas avaliações neuropsicológicas e de personalidade em áreas como a Psiquiatria, Neurologia, pude também me capacitar e atuar no contexto jurídico através do Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (NUFOR).
Construí minha carreira de maneira sólida, com atualizações profundas e constantes. Mesmo assim, entendo que meu trabalho baseia-se no pressuposto de que teoria nenhuma abarca a complexidade da alma humana.
Empatia e escuta individualizada são exercícios constantes; eixos para um atendimento mais humano e personalizado.
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