Cognição Social
O termo Cognição Social diz respeito a habilidade do ser humano de identificar, manipular e adequar seus comportamentos sociais de acordo com informações socialmente detectadas e processadas do ambiente.
Entretanto, para que a Cognição Social funcione adequadamente algumas capacidades necessitam estarem boas, como por exemplo a ‘percepção emocional’, que é a habilidade de inferir informações emocionais das outras pessoas a partir das expressões faciais, da entonação da voz ou até mesmo da postura corporal. Também precisa estar adequada a ‘percepção social’, ou seja, compreender regras e as convenções sociais, como por exemplo: é inadequado contar piadas em um velório, ou é de bom grado oferecer acolhimento quando alguém lhe diz que está se sentido mal. E por último, precisa estar em bom funcionamento da chama ‘Teoria da Mente’ que é a capacidade de compreender que outras pessoas possuem estados mentais diferentes dos nossos, diferentes sentimentos, valores e pensamento, e em
seguida conseguir fazer suposições de como aquela pessoa se sente ou se comporta.
Todas essas habilidades compõem o que se chama de Cognição Social, que é diferente da Neurocognição, onde os estímulos costumam ser neutros e de natureza não afetiva (atenção por exemplo). Já na Cognição Social temos que levar em consideração atributos que não são explicitamente observáveis nos estímulos, como infererenciar acerca da personalidade do outro baseado apenas na observação dos seus comportamentos. E é ela, juntamente com uma variedade de outros processos cognitivos, que direciona nossos comportamentos.
Essa habilidade entretanto, pode não estar em bom funcionamento, gerando dificuldades de relacionamentos interpessoais, como é observado em muitos casos de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em uma avaliação neuropsicológica com intuito de investigar TEA, a Cognição Social é sempre, pois normalmente está alterada nesses quadros e servem como ótima norteadora para confirmar ou excluir a hipótese.