Capítulo V: Do que você tem sede?
Quando não temos muitas opções, o jeito é recorrer a AÇÃO para criar oportunidades. Não se age de qualquer forma, nem sem um planejamento prévio. O ideal é ter as INFORMAÇÕES adequadas, para saber quais OPÇÕES temos de forma viável e agir para alcançar os objetivos desejados.
Relembremos da metáfora da “sede no deserto”: sede é a consequência de privação de água, então é optar pela busca (mesmo que seja necessário muito esforço) e praticar a caminhada, que é a mais importante das etapas. Agora, traduzindo para a nossa realidade: se está com ansiedade, já que geralmente é resultado de condições que o organismo aprendeu a reagir frente a contextos que podem gerar danos (materiais, financeiros, psicológicos, etc.), temos que “treinar” para que o nosso cérebro aprenda a reagir de forma mais adequada diante destas situações. Neste momento, o leitor mais astuto já deve ter imaginado que nem precisamos esperar que as emoções tomem conta de tudo. Não precisamos esperar a desidratação total para tomar a água. É claro que, para isso, é necessária uma dose generosa de disciplina: daí a importância de estabelecer uma rotina bem planejada.
Dependendo da receita que está disposta a fazer, as dificuldades podem aparecer na fase da informação, algumas vezes sem opções de ingredientes, sem falar naqueles que perderam o paladar pelas coisas gostosas da vida. Por esse motivo, o trabalho psicológico pode ajudar a organizar e permitir enfrentamento com menos dificuldade. Mas não se engane: a informação não faz milagre e nem o psicólogo pode matar a sede por você. Mesmo que consiga encontrar algum culpado pela sua condição, ainda assim, será você que fará o bolo da felicidade.
Das angústias da vida que nos assolam, geralmente tem alguma que são mais difíceis de suportar do que outras, mas a boa notícia é que não precisa se cobrar para resolver todas. Basta fazer seu melhor a cada dia. E o que tem a ver a história do deserto com a autoestima? Concordo com quem diz que a autoestima está intimamente ligada ao propósito de vida.
No fim das contas, saber do “quê” nós temos sede é fundamental para entender onde nós queremos chegar. Sem isso, ficamos perdidos num deserto de problemas, sem propósito. E senso de propósito é uma das formas de se ter uma boa autoestima. E você? Tem sede de quê?