Auxílios para o enfrentamento da depressão
A depressão é um transtorno psiquiátrico que está sob influência de inúmeros fatores, como fatores biológicos (hereditariedade, distúrbios metabólicos, qualidade de sono e alimentação, estresse, doenças física, etc.), fatores psicológicos (perdas, traumas, distúrbios de comportamento, falta de positividade, excesso de negatividade, desamparo, etc) e fatores sociais (Isolamentos, brigas, idade, condições socioeconômicas, etc). Portanto é uma condição que necessita de apoio profissional para cuidado e remissão do quadro, como acompanhamento psicoterapêutico e psiquiátrico.
Entretanto, existem alguns exercícios que o próprio paciente pode – e deve – fazer tanto para ajudar no tratamento, como para evitar agravamentos:
– Auto observação: tristeza, perda de interesses, falta de motivação, problema de sono são experiências normais, entretanto se elas não desaparecem em alguns dias, ou se aumentarem é importante ficar alerta e buscar ajuda.
– Elogiar-se: Muitas pessoas com depressão são hábeis em criticar-se, xingar-se e até punir-se. O movimento oposto como elogiar-se, reconhecer as pequenas conquistas, bons resultados entre outros, ajudam a neutralizar esse negatividade. Assim como escutar, reconhecer e aceitas os elogios e feedbacks positivos de familiares e amigos.
– Deter os pensamentos negativos: perceber a presença deles e analisá-los de forma crítica auxiliam a pessoa ser mais gentil com ela mesma. Algumas perguntas que podem ajudar nessa auto análise são: O que estou pensando corresponde a realidade? Esses pensamentos têm me ajudado? Eu aconselharia alguém querido a pensar da mesma forma?
– Encher a cabeça com pensamentos positivos: O auto elogio, o exercício da gratidão por cada pequena coisa, reconhecer que existe a possibilidade de sair daquela situação ruim, dar ênfase as belezas do aqui e agora são pensamentos positivos, que funcionam como um fortalecimento da mente.
– Cultivar o contato com pessoas bem quistas: Boas relações sociais são fundamentais para o equilíbrio da saúde mental, especialmente as de confiança, pois podem ajudar no enfrentamento da doença. Fazer novos contatos, conhecer pessoas diferentes e com nova perspectivas de vida também ajuda no enfrentamento da depressão.
– Cuidado com o corpo: cuidar com carinho da própria alimentação e sono são de extrema importância pois o corpo físico precisa estar em equilíbrio para proporcionar a melhora do equilíbrio mental. Por isso também se aconselha sempre a prática de exercício físico, uma vez que este auxilia no equilíbrio dos hormônios e substâncias neuroquímicas (que encontram-se desreguladas na depressão).
Portanto, além do cuidado profissional e familiar, a auto ajuda é importantíssima para a cura da doença mental. Ao perceber a existência de sintomas de depressão não se deve resignar ou esperar. Agir é a melhor opção, procure conversar com colegas, familiares, informar-se a respeito e buscar ajuda.
A psicologia começou fazer sentido para mim desde a adolescência quando percebi que corpo e mente estão em constante comunicação e se influenciando mutuamente. Desde muito cedo soube o caminho profissional que seguiria: psicologia em interface com o corpo, por isso a escolha da universidade foi criteriosa.
Essa interface me suscitou cada vez mais curiosidade e após muito estudo da psicologia analítica, resolvi buscar algo mais voltado para o funcionamento neurológico, e foi quando iniciei minha formação em neuropsicologia – minha paixão profissional – pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP.
A fim de melhorar meu atendimento neuropsicológico e psicológico, especialmente a crianças e adolescentes, realizei curso de Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psiquiatria da USP, e cursos voltados ao aprofundamento da prática clínica tanto pautados na psicologia analítica como na terapia cognitivo comportamental.
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