ANSIEDADE E EVOLUÇÃO
Pessoas muito ansiosas estão frequentemente procurando por tratamento buscando um alívio/redução dessa sensação. Sentir que a cabeça não para de pensar, coração constantemente acelerado, tensão muscular são algumas dessas desconfortáveis características.
O que a visão evolucionista responde sobre isso?
A ansiedade é uma emoção normal (por mais que possa ser, às vezes, interpretada como desagradável) e é ativada quando interpretamos que a situação ou ambiente é muito importante ou perigoso. O nosso cérebro, então, precisa adaptar o corpo e a mente para um estado de alerta. Sem essa ativação, ficaríamos muito vulneráveis aos mais diversos perigos. Esse alerta é tão importante que o carregamos em nossos genes desde os primeiros traços da vida animal.
Ter pensamentos antecipatórios pode facilitar uma ação futura; descargas de adrenalinas deixam o nosso coração batendo mais rápido, assim como a respiração. A capacidade de concentração reduz para que qualquer estímulo nos faça imediatamente conferi-lo. Dormir pode ser escancarar um estado de alta vulnerabilidade.
Quando esse mecanismo está hiperativado, sem um motivo coerente e/ou por um tempo prolongado, há uma série de prejuízos que impactam substancialmente a qualidade de vida e pode exigir um tratamento com especialista.
Atualmente carregamos uma genética muito similar ao do ser humano de 100 anos, 1.000 anos ou 1 milhão de anos atrás. O mesmo mecanismo que pode nos ser essencial para a sobrevivência também pode ser prejudicial quando não adequadamente modulado.