Análise Funcional em casos de Transtorno Afetivo Bipolar
A análise funcional desempenha um papel importante no tratamento do transtorno bipolar. O transtorno
bipolar é uma condição caracterizada por episódios alternados de mania (períodos de humor elevado, energia excessiva e comportamento impulsivo) e depressão (períodos de humor baixo, falta de energia e interesse). A análise funcional visa entender os antecedentes, as consequências e as funções dos comportamentos relacionados ao transtorno bipolar.
- Episódios de mania: Na análise funcional do transtorno bipolar, é importante identificar os
antecedentes que podem desencadear episódios de mania. Isso pode incluir alterações de sono,
estresse, eventos positivos ou negativos, uso de substâncias, entre outros. Compreender os
antecedentes ajuda a identificar possíveis gatilhos e a desenvolver estratégias de prevenção. - Comportamentos durante a mania: Durante os episódios de mania, podem ocorrer comportamentos
impulsivos, aumento da atividade física, fala acelerada, falta de julgamento, envolvimento em
atividades de risco, entre outros. A análise funcional busca compreender as funções desses
comportamentos, como a busca por emoções intensas, a fuga de sentimentos negativos, a busca por estimulação ou reforço social. - Consequências dos episódios de mania: A análise funcional também avalia as consequências que
podem reforçar os comportamentos maníacos. Por exemplo, o comportamento impulsivo pode levar
a recompensas imediatas, como prazer momentâneo ou atenção dos outros. Compreender essas
consequências ajuda a desenvolver estratégias para modificar os padrões comportamentais
disfuncionais. - Episódios de depressão: Além dos episódios de mania, a análise funcional também investiga os
antecedentes, as características e as consequências dos episódios de depressão no transtorno
bipolar. Isso pode incluir fatores como eventos estressantes, pensamentos negativos, isolamento
social, alterações no sono e no apetite. Compreender esses fatores ajuda a desenvolver estratégias
de prevenção e intervenção. - Ciclos de oscilação: A análise funcional também pode abordar os ciclos de oscilação entre os
episódios de mania e depressão. É importante identificar padrões, como possíveis desencadeadores,
sinais precoces de mudança de humor, e as consequências que podem manter esses ciclos, como
padrões de autossabotagem ou dificuldades no manejo do estresse.
Com base na análise funcional, a terapia comportamental no tratamento do transtorno bipolar pode incluir estratégias como o manejo de antecedentes e consequências, o treinamento de habilidades de regulação emocional, técnicas de resolução de problemas, estabelecimento de rotinas saudáveis, estratégias de prevenção de recaídas e o desenvolvimento de estratégias adaptativas para lidar com estressores e desencadeadores específicos.
A Psicologia não estava em meus planos de carreira até descobrir que já tinha sido escolhido por ela antes mesmo de me imaginar como profissional.
Lembrei-me de como eu costumava passar o tempo do recreio imaginando o porquê de alguém se sentir ou agir assim ou assado.
Tive o privilégio de ingressar na Universidade de São Paulo pois esta instituição me ajudou a pensar de forma mais crítica e aprofundada sobre o comportamento humano. E assim foi feita a graduação, sempre almejando trabalhar com aquilo que, de alguma forma, poderia contribuir para os que buscavam uma vida mais satisfatória. Consequência natural foi me especializar em Neuropsicologia, ramo da ciência que pôde me auxiliar num atendimento mais personalizado, conectando-me a outros profissionais de campos diversos e talentos únicos, essenciais para essa empreitada cheia de obstáculos. Atualmente sou psicoterapeuta de abordagem analítico-comportamental, já com experiência em atividades de aconselhamento em ambulatórios de medicina preventiva, oncologia, planejamento familiar e como psicólogo clínico em terapias individuais. Além disso, realizo Avaliação Neuropsicológica, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas (ex: Alzheimer) ou distúrbios de aprendizagem e desenvolvimento (ex: Déficit de Atenção e Hiperatividade, Autismo, etc.), prestando suporte aos médicos, cuidadores e educadores. Costumo brincar que meu maior medo como psicólogo, não é quando vai atender a primeira vez alguém e sim, se esta pessoa irá retornar para nossa próxima sessão. Para minha sorte, foi uma agradável surpresa ter a chance de, cada vez mais, rever os rostos construindo suas histórias, as mesmas que ajudei a inspirar. É esta alegria que continua impulsionando meu contínuo crescimento pessoal e profissional.
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