Análise Funcional e Narcisismo
A análise funcional é um conceito da psicologia que se refere à avaliação das relações entre comportamentos, antecedentes (eventos que ocorrem antes do comportamento) e consequências (eventos que ocorrem após o comportamento). Essa abordagem é frequentemente usada na terapia comportamental e na terapia cognitivo-comportamental para entender as causas e os padrões de comportamento.
Quando aplicada ao narcisismo, a análise funcional pode ajudar a compreender por que uma pessoa exibe comportamentos narcisistas e como esses comportamentos são mantidos. O narcisismo é caracterizado por uma atitude de admiração excessiva por si mesmo, um desejo de atenção e admiração dos outros, e uma falta de empatia em relação aos sentimentos e necessidades alheias. Aqui está como a análise funcional pode explicar o narcisismo:
- Antecedentes: Os antecedentes para comportamentos narcisistas podem incluir experiências passadas, como a busca de atenção e aprovação dos pais ou cuidadores durante a infância. Isso pode levar a uma internalização da crença de que a autoestima e o valor estão ligados à atenção e elogios dos outros.
- Comportamentos: Os comportamentos narcisistas podem incluir a busca constante por validação, a
autopromoção exagerada, a necessidade de estar no centro das atenções e a tendência a menosprezar os sentimentos e conquistas dos outros. - Consequências: O comportamento narcisista frequentemente resulta em consequências que reforçam o padrão. Por exemplo, quando uma pessoa recebe atenção, elogios ou admiração dos outros por causa de seu comportamento narcisista, isso pode reforçar sua crença de que ser “especial” e receber atenção são fundamentais para sua autoestima. No entanto, a longo prazo, essas recompensas podem ser superficiais e levantar questões sobre a autenticidade das relações.
- Ciclo de Reforço: O ciclo de reforço envolve a repetição do comportamento narcisista devido às recompensas percebidas, como atenção e admiração. Isso pode resultar em um padrão contínuo de comportamentos narcisistas.
A análise funcional pode ajudar os terapeutas a entenderem por que uma pessoa exibe comportamentos narcisistas e a desenvolver estratégias terapêuticas para abordar esses padrões. A terapia cognitivo- comportamental, por exemplo, pode envolver a identificação e a modificação de crenças disfuncionais sobre a autoestima e a validação. Além disso, promover empatia e habilidades de relacionamento mais saudáveis pode ajudar a pessoa a desenvolver formas mais equilibradas de interagir com os outros.
Vale ressaltar que o narcisismo pode variar em grau e natureza, e nem todas as características narcisistas são necessariamente patológicas. Como em qualquer análise psicológica, a compreensão do narcisismo deve ser abordada de forma holística e sensível ao contexto individual.
A Psicologia não estava em meus planos de carreira até descobrir que já tinha sido escolhido por ela antes mesmo de me imaginar como profissional.
Lembrei-me de como eu costumava passar o tempo do recreio imaginando o porquê de alguém se sentir ou agir assim ou assado.
Tive o privilégio de ingressar na Universidade de São Paulo pois esta instituição me ajudou a pensar de forma mais crítica e aprofundada sobre o comportamento humano. E assim foi feita a graduação, sempre almejando trabalhar com aquilo que, de alguma forma, poderia contribuir para os que buscavam uma vida mais satisfatória. Consequência natural foi me especializar em Neuropsicologia, ramo da ciência que pôde me auxiliar num atendimento mais personalizado, conectando-me a outros profissionais de campos diversos e talentos únicos, essenciais para essa empreitada cheia de obstáculos. Atualmente sou psicoterapeuta de abordagem analítico-comportamental, já com experiência em atividades de aconselhamento em ambulatórios de medicina preventiva, oncologia, planejamento familiar e como psicólogo clínico em terapias individuais. Além disso, realizo Avaliação Neuropsicológica, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas (ex: Alzheimer) ou distúrbios de aprendizagem e desenvolvimento (ex: Déficit de Atenção e Hiperatividade, Autismo, etc.), prestando suporte aos médicos, cuidadores e educadores. Costumo brincar que meu maior medo como psicólogo, não é quando vai atender a primeira vez alguém e sim, se esta pessoa irá retornar para nossa próxima sessão. Para minha sorte, foi uma agradável surpresa ter a chance de, cada vez mais, rever os rostos construindo suas histórias, as mesmas que ajudei a inspirar. É esta alegria que continua impulsionando meu contínuo crescimento pessoal e profissional.
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