Afinal, há cura para a homosexualidade?
Enquanto psicólogo clínico e pesquisador na área de psiquiatria e neurociências recebo com frequência a pergunta se uma pessoa gay, lésbica ou transexual poderia ser curada. A resposta é simples: Não há cura para o que não é doença.
É importante lembrar que pessoas LGBTs podem experienciar algum transtorno mental ao longo de sua vida, assim como qualquer outra pessoa, e dessa forma elas podem receber ajuda profissional com a adoção de técnicas baseadas em evidências científicas.
Por exemplo: uma garota de 19 anos se percebe atraída sexualmente e afetivamente por outras mulheres, pode experienciar episódios intensos de ansiedade ao considerar a reação de seus pais. Neste caso, o tratamento estabelecerá como alvo terapêutico o bem-estar social da paciente, eliminando os sintomas desproporcionais da ansiedade que podem prejudicar seu desempenho acadêmico, social e no trabalho. De maneira alguma um tratamento psicológico poderia ser empregado para reverter sua orientação afetiva, partindo do pressuposto que a “a doença seria o fato dela ser homossexual”.
Dessa forma, é importante lembrar que independente da orientação sexual, a pessoa sempre poderá buscar ajuda profissional para superar as possíveis dificuldades que enfrenta em sua vida. Afinal, nunca é tarde para ser feliz!