Sabe aquela pessoa que te irrita profundamente? E você sempre reage da mesma forma vexatória, seja ironizando, xingando ou até mesmo agredindo?
A neurociência mostra pra gente que é possível mudar esse tipo de comportamento, cujas consequências geralmente são bastante prejudiciais.
A língua portuguesa diferencia diferencia o verbo “ser” do verbo “estar”, diferentemente da língua inglesa, na qual ambos verbos são designados pelo mesmo termo. Posto isso, podemos propor a reflexão de que nossos estados mentais tem caráter transitório. São dinâmicos, passageiros. Por esta linha de pensamento, podemos considerar que nós não “somos”, e sim “estamos”. Não somos tristes. Ou felizes. Estamos tristes. Ou felizes.
Muito daquilo que acreditamos “ser”, na verdade, consistem algo de estado efêmero, o que é um tanto libertador, trazendo a possibilidade de um maior controle sobre nós mesmos.
Sendo assim, não precisamos nos descontrolar com a pessoa que nos irrita. Acerca deste tema, o autocontrole, veremos que a Neurociência vem recentemente concluindo que é possível modificar esse tipo de comportamento, melhorando assim nossas relações interpessoais em todas as esferas – trabalho, família, amigos.
O homem não nasce com sua circuitaria límbica, ou seja, seus circuitos neurais emocionais já prontos e formatados. Esses circuitos vão sendo construídos de acordo com nossa história, no decorrer da nossa biografia.
De maneira análoga ao funcionamento de um computador, nossas emoções estão muito mais ligadas ao “software” do que ao “hardware”. Muito mais relacionadas àquilo que aprendemos e adquirimos ao longo da vida e das experiências. Nossas emoções não são simplesmente naturais, intrínsecas ou inatas, e sim construídas por nós mesmos.
Sendo assim, somos capazes de alterar hábitos negativos, ensinando nosso cérebro a agir de forma diferente. A partir daí torna- se possível mudar comportamentos relacionados àquelas pessoas que nos causam reações (por vezes desmedidas) de irritação. Mas como fazê-lo?
Em teoria, deve-se ser capaz de passar do estado de “irritação” para o de “menos irritação”, depois para “indiferença”, para quem sabe um dia chegar inclusive ao sentimento de “gratidão” em relação à pessoas que suscitaram emoções tão difíceis de manejar. Nossas emoções são apostas do nosso cérebro. São previsões e não certezas.
Temos a tendência de nos perceber “reagindo” aos acontecimentos, enquanto na verdade, o que nosso cérebro está fazendo são meras previsões e construções do mundo.
É possível modificar tais previsões que o cérebro calcula a respeito dos acontecimentos. Como fazer isso? Criando novas emoções. Posto que, como dito anteriormente, nosso cérebro é responsável por criar as nossas emoções, elas não nascem prontas. É por isso que a Neurociência cada vez mais tem mostrado que nós seres humanos, somos resultado do que nós mesmo criamos. Criaturas feitas pelos nossos próprios padrões mentais.
Nós utilizamos as palavras “emoção” e sentimento como se fossem praticamente sinônimos. Mas, tomados cientificamente, são conceitos bem diferentes.
A emoção corresponde ao estado físico. Emoções correspondem ao reflexo sensorial, chegando primeiro aos órgãos dos sentidos, de maneira minimamente mediada, quase imediata.
Já o sentimento, secundário, consiste em uma interpretação da emoção sensorial, corresponde à experiência mental dos dados sensoriais experimentados pelo corpo.
Usando como exemplo ainda a pessoa que nos traz irritação. O que é a emoção neste caso? São as alterações fisiológicas advindas da situação. A alteração do batimento cardíaco, a mudança da temperatura corporal, sensação de náusea, tremor.
Já o sentimento, por sua vez, é a interpretação que o indivíduo faz dessas alterações físicas sentidas. Em casos como este, costumamos interpretar o sentimento que surge como irritação, raiva ou tristeza.
Interessante notar que muitas vezes é possível haver interpretações completamente diferentes para os mesmos reflexos somáticos. Ou seja, nossos sentimentos são uma interpretação que possui caráter de maleabilidade, nos dando a opção de escolher como nós vamos interpretar essa emoção, que a princípio nos toma de assalto.
Nada vem pronto do mundo externo, já com a informação decodificada. Essa decodificação depende da interpretação da informação sensorial, mesmo porque o único acesso que o ser humano tem do mundo se faz pela via dos sentidos, do mundo sensorial.
Pouqusíssimos sentimentos são intrínsecos, como por exemplo o sentimento de conforto e desconforto. A maior parte dos nossos sentimentos são extremamente complexos e definidos pelas interpretações e reinterpretações que o indivíduo faz de sua própria história. Como fazer para interpretar de modo diferente as nossas emoções?
Uma possibilidade envolve, ao contrário de fazer tudo diferente, manter a forma de interpretação, continuar interpretando da mesma forma quando o feedback recebido é um reforço positivo, que nos é benéfico. E buscar, de acordo com as possibilidades de cada um, se o feedback é algo negativo, que nos é maléfico.
Mesmo com tudo isso, percebendo o que nos faz bem e o que nos faz mal, muitas vezes o ser humano acaba repetindo os mesmos erros, subrepticiamente, uma espécie de círculo vicioso. Como dar o primeiro passo na direção contrária? A partir da primeira modificação do comportamento.
Com a primeira modificação do comportamento, diante de efeitos positivos e reforçadores, a tendência é a repetição do novo padrão de comportamento, o qual foi responsável por promover um sentimento bom.
Para aumentar as chances de sucesso dessa modificação, até que o novo comportamento possa tornar-se algo orgânico e adaptado, a repetição é fundamental. Repetir o mesmo novo padrão, para que este possa se consolidar e se cristalizar no repertório de alternativas da circuitaria cerebral.
Falando assim parece muito prático. Mas então por que é tão difícil mudar? Pois quando agimos de maneira descontrolada, primeiro o cérebro recebe a sensação de alívio. Xingar, ironizar, agredir acaba funcionando como um escape da tensão promovida pela situação, logo, os comportamentos ruins terminam servindo como alívio, e essa mesma sensação de alívio será buscada denovo e de novo, retroalimentando um ciclo de ações impulsivas e arrependimento. O cérebro faz novamente a mesma aposta de que aquele comportamento irá aliviar o mal estar.
O grande desafio está em justamente treinar o cérebro a adiar a busca pelo alívio imediato e absolutamente irrefletido, direcionando as atenções à memória de um sentimento de vergonha posterior, caso aquele comportamento volte a se repetir.
Nossas emoções são resultado de uma complexa orquestra cerebral, não de uma atividade meramente límbica, ou seja, ligada à porção do cérebro responsável pelo controle das emoções.
Estudos recentes em Neurociência mostram uma ligação muito estreita e próxima entre as partes límbicas e frontais do cérebro, sugerindo que existe um processamento cognitivo das nossas emoções, indicando ser possível exercer um maior controle sobre elas, o que resulta em uma maior capacidade de autocontrole e equilíbrio emocional.
E você, o que faz para exercitar o autocontrole e mudar as reações automáticas, de consequências às vezes desastrosas?
Minha curiosidade pelos processos da mente humana, suas estruturas, as viscissitudes e singularidades que fazem cada um de nós ser tão único, o gosto pelos estudos.
Sabe aquela pessoa que te irrita profundamente? E você sempre reage da mesma forma vexatória, seja ironizando, xingando ou até mesmo agredindo? A neurociência mostra pra gente que é possível mudar esse tipo de comportamento, cujas consequências geralmente são bastante prejudiciais. A língua portuguesa diferencia diferencia o verbo “ser” do verbo “estar”, diferentemente da língua inglesa, na qual ambos verbos são designados pelo mesmo termo. Posto isso, podemos propor a reflexão de que nossos estados mentais tem caráter transitório. São dinâmicos, passageiros. Por esta linha de pensamento, podemos considerar que nós não “somos”, e sim “estamos”. Não somos tristes. Ou felizes. Estamos tristes. Ou felizes. Muito daquilo que acreditamos “ser”, na verdade, consistem algo de estado efêmero, o que é um tanto libertador, trazendo a possibilidade de um maior controle sobre nós mesmos. Sendo assim, não precisamos nos descontrolar com a pessoa que nos irrita. Acerca deste tema, o autocontrole, veremos que a Neurociência vem recentemente concluindo que é possível modificar esse tipo de comportamento, melhorando assim nossas relações interpessoais em todas as esferas – trabalho, família, amigos. O homem não nasce com sua circuitaria límbica, ou seja, seus circuitos neurais emocionais já prontos e formatados. Esses circuitos vão sendo construídos de acordo com nossa história, no decorrer da nossa biografia. De maneira análoga ao funcionamento de um computador, nossas emoções estão muito mais ligadas ao “software” do que ao “hardware”. Muito mais relacionadas àquilo que aprendemos e adquirimos ao longo da vida e das experiências. Nossas emoções não são simplesmente naturais, intrínsecas ou inatas, e sim construídas por nós mesmos. Sendo assim, somos capazes de alterar hábitos negativos, ensinando nosso cérebro a agir de forma diferente. A partir daí torna- se possível mudar comportamentos relacionados àquelas pessoas que nos causam reações (por vezes desmedidas) de irritação. Mas como fazê-lo? Em teoria, deve-se ser capaz de passar do estado de “irritação” para o de “menos irritação”, depois para “indiferença”, para quem sabe um dia chegar inclusive ao sentimento de “gratidão” em relação à pessoas que suscitaram emoções tão difíceis de manejar. Nossas emoções são apostas do nosso cérebro. São previsões e não certezas. Temos a tendência de nos perceber “reagindo” aos acontecimentos, enquanto na verdade, o que nosso cérebro está fazendo são meras previsões e construções do mundo. É possível modificar tais previsões que o cérebro calcula a respeito dos acontecimentos. Como fazer isso? Criando novas emoções. Posto que, como dito anteriormente, nosso cérebro é responsável por criar as nossas emoções, elas não nascem prontas. É por isso que a Neurociência cada vez mais tem mostrado que nós seres humanos, somos resultado do que nós mesmo criamos. Criaturas feitas pelos nossos próprios padrões mentais. Nós utilizamos as palavras “emoção” e sentimento como se fossem praticamente sinônimos. Mas, tomados cientificamente, são conceitos bem diferentes. A emoção corresponde ao estado físico. Emoções correspondem ao reflexo sensorial, chegando primeiro aos órgãos dos sentidos, de maneira minimamente mediada, quase imediata. Já o sentimento, secundário, consiste em uma interpretação da emoção sensorial, corresponde à experiência mental dos dados sensoriais experimentados pelo corpo. Usando como exemplo ainda a pessoa que nos traz irritação. O que é a emoção neste caso? São as alterações fisiológicas advindas da situação. A alteração do batimento cardíaco, a mudança da temperatura corporal, sensação de náusea, tremor. Já o sentimento, por sua vez, é a interpretação que o indivíduo faz dessas alterações físicas sentidas. Em casos como este, costumamos interpretar o sentimento que surge como irritação, raiva ou tristeza. Interessante notar que muitas vezes é possível haver interpretações completamente diferentes para os mesmos reflexos somáticos. Ou seja, nossos sentimentos são uma interpretação que possui caráter de maleabilidade, nos dando a opção de escolher como nós vamos interpretar essa emoção, que a princípio nos toma de assalto. Nada vem pronto do mundo externo, já com a informação decodificada. Essa decodificação depende da interpretação da informação sensorial, mesmo porque o único acesso que o ser humano tem do mundo se faz pela via dos sentidos, do mundo sensorial. Pouqusíssimos sentimentos são intrínsecos, como por exemplo o sentimento de conforto e desconforto. A maior parte dos nossos sentimentos são extremamente complexos e definidos pelas interpretações e reinterpretações que o indivíduo faz de sua própria história. Como fazer para interpretar de modo diferente as nossas emoções? Uma possibilidade envolve, ao contrário de fazer tudo diferente, manter a forma de interpretação, continuar interpretando da mesma forma quando o feedback recebido é um reforço positivo, que nos é benéfico. E buscar, de acordo com as possibilidades de cada um, se o feedback é algo negativo, que nos é maléfico. Mesmo com tudo isso, percebendo o que nos faz bem e o que nos faz mal, muitas vezes o ser humano acaba repetindo os mesmos erros, subrepticiamente, uma espécie de círculo vicioso. Como dar o primeiro passo na direção contrária? A partir da primeira modificação do comportamento. Com a primeira modificação do comportamento, diante de efeitos positivos e reforçadores, a tendência é a repetição do novo padrão de comportamento, o qual foi responsável por promover um sentimento bom. Para aumentar as chances de sucesso dessa modificação, até que o novo comportamento possa tornar-se algo orgânico e adaptado, a repetição é fundamental. Repetir o mesmo novo padrão, para que este possa se consolidar e se cristalizar no repertório de alternativas da circuitaria cerebral. Falando assim parece muito prático. Mas então por que é tão difícil mudar? Pois quando agimos de maneira descontrolada, primeiro o cérebro recebe a sensação de alívio. Xingar, ironizar, agredir acaba funcionando como um escape da tensão promovida pela situação, logo, os comportamentos ruins terminam servindo como alívio, e essa mesma sensação de alívio será buscada denovo e de novo, retroalimentando um ciclo de ações impulsivas e arrependimento. O cérebro faz novamente a mesma aposta de que aquele comportamento irá aliviar o mal estar. O grande desafio está em justamente treinar o cérebro a adiar a busca pelo alívio imediato e absolutamente irrefletido, direcionando as atenções à memória de um sentimento de vergonha posterior, caso aquele […]
Sabe aquela pessoa que te irrita profundamente? E você sempre reage da mesma forma vexatória, seja ironizando, xingando ou até mesmo agredindo? A neurociência mostra pra gente que é possível mudar esse tipo de comportamento, cujas consequências geralmente são bastante prejudiciais. A língua portuguesa diferencia diferencia o verbo “ser” do verbo “estar”, diferentemente da língua inglesa, na qual ambos verbos são designados pelo mesmo termo. Posto isso, podemos propor a reflexão de que nossos estados mentais tem caráter transitório. São dinâmicos, passageiros. Por esta linha de pensamento, podemos considerar que nós não “somos”, e sim “estamos”. Não somos tristes. Ou felizes. Estamos tristes. Ou felizes. Muito daquilo que acreditamos “ser”, na verdade, consistem algo de estado efêmero, o que é um tanto libertador, trazendo a possibilidade de um maior controle sobre nós mesmos. Sendo assim, não precisamos nos descontrolar com a pessoa que nos irrita. Acerca deste tema, o autocontrole, veremos que a Neurociência vem recentemente concluindo que é possível modificar esse tipo de comportamento, melhorando assim nossas relações interpessoais em todas as esferas – trabalho, família, amigos. O homem não nasce com sua circuitaria límbica, ou seja, seus circuitos neurais emocionais já prontos e formatados. Esses circuitos vão sendo construídos de acordo com nossa história, no decorrer da nossa biografia. De maneira análoga ao funcionamento de um computador, nossas emoções estão muito mais ligadas ao “software” do que ao “hardware”. Muito mais relacionadas àquilo que aprendemos e adquirimos ao longo da vida e das experiências. Nossas emoções não são simplesmente naturais, intrínsecas ou inatas, e sim construídas por nós mesmos. Sendo assim, somos capazes de alterar hábitos negativos, ensinando nosso cérebro a agir de forma diferente. A partir daí torna- se possível mudar comportamentos relacionados àquelas pessoas que nos causam reações (por vezes desmedidas) de irritação. Mas como fazê-lo? Em teoria, deve-se ser capaz de passar do estado de “irritação” para o de “menos irritação”, depois para “indiferença”, para quem sabe um dia chegar inclusive ao sentimento de “gratidão” em relação à pessoas que suscitaram emoções tão difíceis de manejar. Nossas emoções são apostas do nosso cérebro. São previsões e não certezas. Temos a tendência de nos perceber “reagindo” aos acontecimentos, enquanto na verdade, o que nosso cérebro está fazendo são meras previsões e construções do mundo. É possível modificar tais previsões que o cérebro calcula a respeito dos acontecimentos. Como fazer isso? Criando novas emoções. Posto que, como dito anteriormente, nosso cérebro é responsável por criar as nossas emoções, elas não nascem prontas. É por isso que a Neurociência cada vez mais tem mostrado que nós seres humanos, somos resultado do que nós mesmo criamos. Criaturas feitas pelos nossos próprios padrões mentais. Nós utilizamos as palavras “emoção” e sentimento como se fossem praticamente sinônimos. Mas, tomados cientificamente, são conceitos bem diferentes. A emoção corresponde ao estado físico. Emoções correspondem ao reflexo sensorial, chegando primeiro aos órgãos dos sentidos, de maneira minimamente mediada, quase imediata. Já o sentimento, secundário, consiste em uma interpretação da emoção sensorial, corresponde à experiência mental dos dados sensoriais experimentados pelo corpo. Usando como exemplo ainda a pessoa que nos traz irritação. O que é a emoção neste caso? São as alterações fisiológicas advindas da situação. A alteração do batimento cardíaco, a mudança da temperatura corporal, sensação de náusea, tremor. Já o sentimento, por sua vez, é a interpretação que o indivíduo faz dessas alterações físicas sentidas. Em casos como este, costumamos interpretar o sentimento que surge como irritação, raiva ou tristeza. Interessante notar que muitas vezes é possível haver interpretações completamente diferentes para os mesmos reflexos somáticos. Ou seja, nossos sentimentos são uma interpretação que possui caráter de maleabilidade, nos dando a opção de escolher como nós vamos interpretar essa emoção, que a princípio nos toma de assalto. Nada vem pronto do mundo externo, já com a informação decodificada. Essa decodificação depende da interpretação da informação sensorial, mesmo porque o único acesso que o ser humano tem do mundo se faz pela via dos sentidos, do mundo sensorial. Pouqusíssimos sentimentos são intrínsecos, como por exemplo o sentimento de conforto e desconforto. A maior parte dos nossos sentimentos são extremamente complexos e definidos pelas interpretações e reinterpretações que o indivíduo faz de sua própria história. Como fazer para interpretar de modo diferente as nossas emoções? Uma possibilidade envolve, ao contrário de fazer tudo diferente, manter a forma de interpretação, continuar interpretando da mesma forma quando o feedback recebido é um reforço positivo, que nos é benéfico. E buscar, de acordo com as possibilidades de cada um, se o feedback é algo negativo, que nos é maléfico. Mesmo com tudo isso, percebendo o que nos faz bem e o que nos faz mal, muitas vezes o ser humano acaba repetindo os mesmos erros, subrepticiamente, uma espécie de círculo vicioso. Como dar o primeiro passo na direção contrária? A partir da primeira modificação do comportamento. Com a primeira modificação do comportamento, diante de efeitos positivos e reforçadores, a tendência é a repetição do novo padrão de comportamento, o qual foi responsável por promover um sentimento bom. Para aumentar as chances de sucesso dessa modificação, até que o novo comportamento possa tornar-se algo orgânico e adaptado, a repetição é fundamental. Repetir o mesmo novo padrão, para que este possa se consolidar e se cristalizar no repertório de alternativas da circuitaria cerebral. Falando assim parece muito prático. Mas então por que é tão difícil mudar? Pois quando agimos de maneira descontrolada, primeiro o cérebro recebe a sensação de alívio. Xingar, ironizar, agredir acaba funcionando como um escape da tensão promovida pela situação, logo, os comportamentos ruins terminam servindo como alívio, e essa mesma sensação de alívio será buscada denovo e de novo, retroalimentando um ciclo de ações impulsivas e arrependimento. O cérebro faz novamente a mesma aposta de que aquele comportamento irá aliviar o mal estar. O grande desafio está em justamente treinar o cérebro a adiar a busca pelo alívio imediato e absolutamente irrefletido, direcionando as atenções à memória de um sentimento de vergonha posterior, caso aquele […]
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