O que é a angústia e qual a importância dela afinal? Quando colocamos tal pergunta, já aí é possível certo apaziguamento. Por se estar supondo que a existência de algo doloroso e radicalmente sem sentido pode sim ser útil e até benéfico, ao invés de algo contra o qual se deva lutar a qualquer preço, buscando pílulas mágicas para remissão imediata.
Apenas para alguma ilustração do tema, o alto consumo de opióides é um claro exemplo da busca implacável do poder de anestesia em relação àquilo que nos faz sofrer. A partir de então nasce toda uma classe psicotrópica cujo princípio básico termina sendo estancar algo tão pessoal e subjetivo quanto o sofrimento psíquico. Esse algo, de tão pessoal, quando enfim encarado de frente, fala muito daquilo que é existencial em cada pessoa.
A bioquímica do anestésico e de toda a sorte de substâncias psicoativas derruba a consciência. A obnubila e a entorpece, enriquecendo assim a indústria química e gerando toda uma discussão acerca da liberação das substâncias psicoativas. Discussão esta que abriga em seu cerne o controle da subjetividade humana.
A angústia sinaliza então um vazio, que traz dor e incômodo. A fim de preencher tal vazio, busca-se respostas prontas como num Oráculo. Ainda que, de acordo com a Filosofia Grega, onde vistos pela primeira vez, nem sequer o Oráculo estava livre de possibilidades de interpretação. Para preencher esse vazio, busca-se respostas prontas, protocolos mágicos, anestésicos existenciais que resolvam o problema de existir. De onde pode-se pensar que lidar, manejar, suportar a dor do esvaziamento de sentido é um ofício que se faz presente no caminho.
Aí aparece a importância da Angústia. Objeto de estudo de filósofos como Kierkegaard, anteriores à escola de pensamento filosófico moderno, a angústia vem sendo encarada, pensada e combatida ao longo do percurso histórico mundial.
Por que a angústia é importante? Porque a angústia não mente. A angústia traz consigo fatos que existem e incomodam. É o único afeto que não mente, pois que não tem objeto. Faz doer por ser vazio. Nasce onde a verdade é insuportável, gerando o medo da aniquilação do ser. De seu despedaçamento.
Dói? Sim. É pesado e difícil de suportar? Também. Contudo, recuar e tamponar esse vazio empobrece a experiência. Perde-se a oportunidade de conhecer aquilo que passa a maior parte do tempo escondido, ocultado.
Existe uma boa notícia? Sim! A dor passa. Ela passa. A dor vai embora, desvanece. Dá lugar a momentos bons. E quanto menos olharmos a encararmos de frente, maiores as chances de que a dor volte, exatamente pelo mesmo caminho que a permitiu chegar.
Paradoxalmente, qualquer tipo de anestesia, sejam as quetaminas e psicotrópicos outros, bem como outros recursos como trabalho excessivo, compras, ruminação, imagem, vaidade, são também fatores que compõe o humano. O que os explica, mas não os justifica. A falta de sentido proposta pela angústia coloca então a possibilidade de revelar sobre o si mesmo aquilo que dói, incomoda, mas está lá, e tudo indica que não vá desaparecer para sempre pelo simples fato de ser ocultada e varrida para baixo do tapete das soluções mágicas.
Minha curiosidade pelos processos da mente humana, suas estruturas, as viscissitudes e singularidades que fazem cada um de nós ser tão único, o gosto pelos estudos.
O que é a angústia e qual a importância dela afinal? Quando colocamos tal pergunta, já aí é possível certo apaziguamento. Por se estar supondo que a existência de algo doloroso e radicalmente sem sentido pode sim ser útil e até benéfico, ao invés de algo contra o qual se deva lutar a qualquer preço, buscando pílulas mágicas para remissão imediata. Apenas para alguma ilustração do tema, o alto consumo de opióides é um claro exemplo da busca implacável do poder de anestesia em relação àquilo que nos faz sofrer. A partir de então nasce toda uma classe psicotrópica cujo princípio básico termina sendo estancar algo tão pessoal e subjetivo quanto o sofrimento psíquico. Esse algo, de tão pessoal, quando enfim encarado de frente, fala muito daquilo que é existencial em cada pessoa. A bioquímica do anestésico e de toda a sorte de substâncias psicoativas derruba a consciência. A obnubila e a entorpece, enriquecendo assim a indústria química e gerando toda uma discussão acerca da liberação das substâncias psicoativas. Discussão esta que abriga em seu cerne o controle da subjetividade humana. A angústia sinaliza então um vazio, que traz dor e incômodo. A fim de preencher tal vazio, busca-se respostas prontas como num Oráculo. Ainda que, de acordo com a Filosofia Grega, onde vistos pela primeira vez, nem sequer o Oráculo estava livre de possibilidades de interpretação. Para preencher esse vazio, busca-se respostas prontas, protocolos mágicos, anestésicos existenciais que resolvam o problema de existir. De onde pode-se pensar que lidar, manejar, suportar a dor do esvaziamento de sentido é um ofício que se faz presente no caminho. Aí aparece a importância da Angústia. Objeto de estudo de filósofos como Kierkegaard, anteriores à escola de pensamento filosófico moderno, a angústia vem sendo encarada, pensada e combatida ao longo do percurso histórico mundial. Por que a angústia é importante? Porque a angústia não mente. A angústia traz consigo fatos que existem e incomodam. É o único afeto que não mente, pois que não tem objeto. Faz doer por ser vazio. Nasce onde a verdade é insuportável, gerando o medo da aniquilação do ser. De seu despedaçamento. Dói? Sim. É pesado e difícil de suportar? Também. Contudo, recuar e tamponar esse vazio empobrece a experiência. Perde-se a oportunidade de conhecer aquilo que passa a maior parte do tempo escondido, ocultado. Existe uma boa notícia? Sim! A dor passa. Ela passa. A dor vai embora, desvanece. Dá lugar a momentos bons. E quanto menos olharmos a encararmos de frente, maiores as chances de que a dor volte, exatamente pelo mesmo caminho que a permitiu chegar. Paradoxalmente, qualquer tipo de anestesia, sejam as quetaminas e psicotrópicos outros, bem como outros recursos como trabalho excessivo, compras, ruminação, imagem, vaidade, são também fatores que compõe o humano. O que os explica, mas não os justifica. A falta de sentido proposta pela angústia coloca então a possibilidade de revelar sobre o si mesmo aquilo que dói, incomoda, mas está lá, e tudo indica que não vá desaparecer para sempre pelo simples fato de ser ocultada e varrida para baixo do tapete das soluções mágicas.
O que é a angústia e qual a importância dela afinal? Quando colocamos tal pergunta, já aí é possível certo apaziguamento. Por se estar supondo que a existência de algo doloroso e radicalmente sem sentido pode sim ser útil e até benéfico, ao invés de algo contra o qual se deva lutar a qualquer preço, buscando pílulas mágicas para remissão imediata. Apenas para alguma ilustração do tema, o alto consumo de opióides é um claro exemplo da busca implacável do poder de anestesia em relação àquilo que nos faz sofrer. A partir de então nasce toda uma classe psicotrópica cujo princípio básico termina sendo estancar algo tão pessoal e subjetivo quanto o sofrimento psíquico. Esse algo, de tão pessoal, quando enfim encarado de frente, fala muito daquilo que é existencial em cada pessoa. A bioquímica do anestésico e de toda a sorte de substâncias psicoativas derruba a consciência. A obnubila e a entorpece, enriquecendo assim a indústria química e gerando toda uma discussão acerca da liberação das substâncias psicoativas. Discussão esta que abriga em seu cerne o controle da subjetividade humana. A angústia sinaliza então um vazio, que traz dor e incômodo. A fim de preencher tal vazio, busca-se respostas prontas como num Oráculo. Ainda que, de acordo com a Filosofia Grega, onde vistos pela primeira vez, nem sequer o Oráculo estava livre de possibilidades de interpretação. Para preencher esse vazio, busca-se respostas prontas, protocolos mágicos, anestésicos existenciais que resolvam o problema de existir. De onde pode-se pensar que lidar, manejar, suportar a dor do esvaziamento de sentido é um ofício que se faz presente no caminho. Aí aparece a importância da Angústia. Objeto de estudo de filósofos como Kierkegaard, anteriores à escola de pensamento filosófico moderno, a angústia vem sendo encarada, pensada e combatida ao longo do percurso histórico mundial. Por que a angústia é importante? Porque a angústia não mente. A angústia traz consigo fatos que existem e incomodam. É o único afeto que não mente, pois que não tem objeto. Faz doer por ser vazio. Nasce onde a verdade é insuportável, gerando o medo da aniquilação do ser. De seu despedaçamento. Dói? Sim. É pesado e difícil de suportar? Também. Contudo, recuar e tamponar esse vazio empobrece a experiência. Perde-se a oportunidade de conhecer aquilo que passa a maior parte do tempo escondido, ocultado. Existe uma boa notícia? Sim! A dor passa. Ela passa. A dor vai embora, desvanece. Dá lugar a momentos bons. E quanto menos olharmos a encararmos de frente, maiores as chances de que a dor volte, exatamente pelo mesmo caminho que a permitiu chegar. Paradoxalmente, qualquer tipo de anestesia, sejam as quetaminas e psicotrópicos outros, bem como outros recursos como trabalho excessivo, compras, ruminação, imagem, vaidade, são também fatores que compõe o humano. O que os explica, mas não os justifica. A falta de sentido proposta pela angústia coloca então a possibilidade de revelar sobre o si mesmo aquilo que dói, incomoda, mas está lá, e tudo indica que não vá desaparecer para sempre pelo simples fato de ser ocultada e varrida para baixo do tapete das soluções mágicas.
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