A IMPORTÂNCIA DA ANGÚSTIA | Renato Mancini
Renato Mancini Renato Mancini
Telefones
(11) 2688-7588 | (11) 2688-4733
Horário de Atendimento
Seg à Sex: 08h às 21h | Sab: 08H às 18H
Localização
Al. Joaquim Eugênio de Lima, 187 - cj.111- Bela Vista/SP
Localização
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 275 - Cj. 112 - Itaim Bibi - SP
  • Home
  • Quem Somos
    • A Clínica
    • Dr. Renato Mancini
    • Equipe
  • Atendimento
    • Todas as Áreas de Atendimento
    • Acompanhamento Terapêutico
    • Atendimento Domiciliar
    • Avaliação Neuropsicológica
    • Avaliação de Personalidade
    • Internação
    • Assistência Técnica Judicial
    • Psicologia
    • Psicoterapias
    • Psiquiatria
    • Minha roda da vida
  • Áreas de Atuação
    • Todas as Áreas de Atuação
    • Autismo
    • Crianças
    • Gravidez e Puerpério
    • Jovens e Adolescentes
    • Saúde Mental da Mulher
    • Depressão
    • Idosos
    • TDAH – Déficit de Atenção
    • Tiques
    • Transtorno Bipolar
    • Transtorno do Pânico
  • Localização
  • Equipe na Mídia
  • Blog
  • Soluções Corporativas
    • Área Restrita
    • Soluções Corporativas
    • Palestras
    • Soluções Customizadas
  • ©

A IMPORTÂNCIA DA ANGÚSTIA

6 de maio de 2020
Por: Dra. Leticia Filizzola
0 Comentários
A IMPORTÂNCIA DA ANGÚSTIA

 

O que é a angústia e qual a importância dela afinal? Quando colocamos tal pergunta, já aí é possível certo apaziguamento. Por se estar supondo que a existência de algo doloroso e radicalmente sem sentido pode sim ser útil e até benéfico, ao invés de algo contra o qual se deva lutar a qualquer preço, buscando pílulas mágicas para remissão imediata.

Apenas para alguma ilustração do tema, o alto consumo de opióides é um claro exemplo da busca implacável do poder de anestesia em relação àquilo que nos faz sofrer. A partir de então nasce toda uma classe psicotrópica cujo princípio básico termina sendo estancar algo tão pessoal e subjetivo quanto o sofrimento psíquico. Esse algo, de tão pessoal, quando enfim encarado de frente, fala muito daquilo que é existencial em cada pessoa.

A bioquímica do anestésico e de toda a sorte de substâncias psicoativas derruba a consciência. A obnubila e a entorpece, enriquecendo assim a indústria química e gerando toda uma discussão acerca da liberação das substâncias psicoativas. Discussão esta que abriga em seu cerne o controle da subjetividade humana.

A angústia sinaliza então um vazio, que traz dor e incômodo. A fim de preencher tal vazio, busca-se respostas prontas como num Oráculo. Ainda que, de acordo com a Filosofia Grega, onde vistos pela primeira vez, nem sequer o Oráculo estava livre de possibilidades de interpretação. Para preencher esse vazio, busca-se respostas prontas, protocolos mágicos, anestésicos existenciais que resolvam o problema de existir. De onde pode-se pensar que lidar, manejar, suportar a dor do esvaziamento de sentido é um ofício que se faz presente no caminho.

Aí aparece a importância da Angústia. Objeto de estudo de filósofos como Kierkegaard, anteriores à escola de pensamento filosófico moderno, a angústia vem sendo encarada, pensada e combatida ao longo do percurso histórico mundial.

Por que a angústia é importante? Porque a angústia não mente. A angústia traz consigo fatos que existem e incomodam. É o único afeto que não mente, pois que não tem objeto. Faz doer por ser vazio. Nasce onde a verdade é insuportável, gerando o medo da aniquilação do ser. De seu despedaçamento.

Dói? Sim. É pesado e difícil de suportar? Também. Contudo, recuar e tamponar esse vazio empobrece a experiência. Perde-se a oportunidade de conhecer aquilo que passa a maior parte do tempo escondido, ocultado.

Existe uma boa notícia? Sim! A dor passa. Ela passa. A dor vai embora, desvanece. Dá lugar a momentos bons. E quanto menos olharmos a encararmos de frente, maiores as chances de que a dor volte, exatamente pelo mesmo caminho que a permitiu chegar.

Paradoxalmente, qualquer tipo de anestesia, sejam as quetaminas e psicotrópicos outros, bem como outros recursos como trabalho excessivo, compras, ruminação, imagem, vaidade, são também fatores que compõe o humano. O que os explica, mas não os justifica. A falta de sentido proposta pela angústia coloca então a possibilidade de revelar sobre o si mesmo aquilo que dói, incomoda, mas está lá, e tudo indica que não vá desaparecer para sempre pelo simples fato de ser ocultada e varrida para baixo do tapete das soluções mágicas.

 

  • Informações
  • Artigos Recentes
WhatsApp Image 2023 02 24 at 19.47.42
Informações
Dra. Leticia Filizzola
Acompanhamento Terapêutico

Minha curiosidade pelos processos da mente humana, suas estruturas, as viscissitudes e singularidades que fazem cada um de nós ser tão único, o gosto pelos estudos.

[email protected]
  • SITE
    VAMOS RELEMBRAR UM POUQUINHO SOBRE A ANSIEDADE?
      O que é a angústia e qual a importância dela afinal? Quando colocamos tal pergunta, já aí é possível certo apaziguamento. Por se estar supondo que a existência de algo doloroso e radicalmente sem sentido pode sim ser útil e até benéfico, ao invés de algo contra o qual se deva lutar a qualquer preço, buscando pílulas mágicas para remissão imediata. Apenas para alguma ilustração do tema, o alto consumo de opióides é um claro exemplo da busca implacável do poder de anestesia em relação àquilo que nos faz sofrer. A partir de então nasce toda uma classe psicotrópica cujo princípio básico termina sendo estancar algo tão pessoal e subjetivo quanto o sofrimento psíquico. Esse algo, de tão pessoal, quando enfim encarado de frente, fala muito daquilo que é existencial em cada pessoa. A bioquímica do anestésico e de toda a sorte de substâncias psicoativas derruba a consciência. A obnubila e a entorpece, enriquecendo assim a indústria química e gerando toda uma discussão acerca da liberação das substâncias psicoativas. Discussão esta que abriga em seu cerne o controle da subjetividade humana. A angústia sinaliza então um vazio, que traz dor e incômodo. A fim de preencher tal vazio, busca-se respostas prontas como num Oráculo. Ainda que, de acordo com a Filosofia Grega, onde vistos pela primeira vez, nem sequer o Oráculo estava livre de possibilidades de interpretação. Para preencher esse vazio, busca-se respostas prontas, protocolos mágicos, anestésicos existenciais que resolvam o problema de existir. De onde pode-se pensar que lidar, manejar, suportar a dor do esvaziamento de sentido é um ofício que se faz presente no caminho. Aí aparece a importância da Angústia. Objeto de estudo de filósofos como Kierkegaard, anteriores à escola de pensamento filosófico moderno, a angústia vem sendo encarada, pensada e combatida ao longo do percurso histórico mundial. Por que a angústia é importante? Porque a angústia não mente. A angústia traz consigo fatos que existem e incomodam. É o único afeto que não mente, pois que não tem objeto. Faz doer por ser vazio. Nasce onde a verdade é insuportável, gerando o medo da aniquilação do ser. De seu despedaçamento. Dói? Sim. É pesado e difícil de suportar? Também. Contudo, recuar e tamponar esse vazio empobrece a experiência. Perde-se a oportunidade de conhecer aquilo que passa a maior parte do tempo escondido, ocultado. Existe uma boa notícia? Sim! A dor passa. Ela passa. A dor vai embora, desvanece. Dá lugar a momentos bons. E quanto menos olharmos a encararmos de frente, maiores as chances de que a dor volte, exatamente pelo mesmo caminho que a permitiu chegar. Paradoxalmente, qualquer tipo de anestesia, sejam as quetaminas e psicotrópicos outros, bem como outros recursos como trabalho excessivo, compras, ruminação, imagem, vaidade, são também fatores que compõe o humano. O que os explica, mas não os justifica. A falta de sentido proposta pela angústia coloca então a possibilidade de revelar sobre o si mesmo aquilo que dói, incomoda, mas está lá, e tudo indica que não vá desaparecer para sempre pelo simples fato de ser ocultada e varrida para baixo do tapete das soluções mágicas.  
  • SITE
    TRATAMENTOS POSSÍVEIS E A IMPORTÂNCIA DA PSICOEDUCAÇÃO
      O que é a angústia e qual a importância dela afinal? Quando colocamos tal pergunta, já aí é possível certo apaziguamento. Por se estar supondo que a existência de algo doloroso e radicalmente sem sentido pode sim ser útil e até benéfico, ao invés de algo contra o qual se deva lutar a qualquer preço, buscando pílulas mágicas para remissão imediata. Apenas para alguma ilustração do tema, o alto consumo de opióides é um claro exemplo da busca implacável do poder de anestesia em relação àquilo que nos faz sofrer. A partir de então nasce toda uma classe psicotrópica cujo princípio básico termina sendo estancar algo tão pessoal e subjetivo quanto o sofrimento psíquico. Esse algo, de tão pessoal, quando enfim encarado de frente, fala muito daquilo que é existencial em cada pessoa. A bioquímica do anestésico e de toda a sorte de substâncias psicoativas derruba a consciência. A obnubila e a entorpece, enriquecendo assim a indústria química e gerando toda uma discussão acerca da liberação das substâncias psicoativas. Discussão esta que abriga em seu cerne o controle da subjetividade humana. A angústia sinaliza então um vazio, que traz dor e incômodo. A fim de preencher tal vazio, busca-se respostas prontas como num Oráculo. Ainda que, de acordo com a Filosofia Grega, onde vistos pela primeira vez, nem sequer o Oráculo estava livre de possibilidades de interpretação. Para preencher esse vazio, busca-se respostas prontas, protocolos mágicos, anestésicos existenciais que resolvam o problema de existir. De onde pode-se pensar que lidar, manejar, suportar a dor do esvaziamento de sentido é um ofício que se faz presente no caminho. Aí aparece a importância da Angústia. Objeto de estudo de filósofos como Kierkegaard, anteriores à escola de pensamento filosófico moderno, a angústia vem sendo encarada, pensada e combatida ao longo do percurso histórico mundial. Por que a angústia é importante? Porque a angústia não mente. A angústia traz consigo fatos que existem e incomodam. É o único afeto que não mente, pois que não tem objeto. Faz doer por ser vazio. Nasce onde a verdade é insuportável, gerando o medo da aniquilação do ser. De seu despedaçamento. Dói? Sim. É pesado e difícil de suportar? Também. Contudo, recuar e tamponar esse vazio empobrece a experiência. Perde-se a oportunidade de conhecer aquilo que passa a maior parte do tempo escondido, ocultado. Existe uma boa notícia? Sim! A dor passa. Ela passa. A dor vai embora, desvanece. Dá lugar a momentos bons. E quanto menos olharmos a encararmos de frente, maiores as chances de que a dor volte, exatamente pelo mesmo caminho que a permitiu chegar. Paradoxalmente, qualquer tipo de anestesia, sejam as quetaminas e psicotrópicos outros, bem como outros recursos como trabalho excessivo, compras, ruminação, imagem, vaidade, são também fatores que compõe o humano. O que os explica, mas não os justifica. A falta de sentido proposta pela angústia coloca então a possibilidade de revelar sobre o si mesmo aquilo que dói, incomoda, mas está lá, e tudo indica que não vá desaparecer para sempre pelo simples fato de ser ocultada e varrida para baixo do tapete das soluções mágicas.  
Compartilhe!
Tags angustia
Dra. Leticia Filizzola
Acompanhamento Terapêutico

Post navigation

Prev
QUAL A DIFERENÇA ENTRE O CIÚME COMUM E O PATOLÓGICO?
Next
Quarentena, e seus desafios.

Pesquisar

Artigos recentes

Ciclotimia x Transtorno Bipolar
maio 13, 2025
Memória ruim na terceira idade? Comprometimento Cognitivo Leve.
maio 12, 2025
Perspectiva e Realidade na Psicoterapia
maio 10, 2025

Mancini Psiquiatria

A Mancini Psiquiatria e Psicologia oferece soluções customizadas em Saúde Mental para a sua empresa, desde a detecção e tratamento de transtornos psiquiátricos e psicológicos até diagnósticos e intervenção sistêmicos da identidade corporativa.

Tags

alimentação alzheimer ansiedade aprendizado bem-estar bipolar comportamento coronavírus criança depressão dica emoção estresse filme gestação gravidez insônia isolamento livro luto Mancini mancini psicologia meditação medo memória mental panico personalidade psicologia psicoterapia psiquiatria quarentena relacionamento saude mental saúde saúde mental sono suicídio tdah terapia toc transtorno transtornos tratamento tristeza

Atendimento e especialidades

Ligue (11) 2855 – 3596 para iniciar seu tratamento com os mais renomados profissionais de saúde mental do Brasil
Contato

Deixe seu comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

logotipo mancini psiquiatria 1
Equipe com os melhores especialistas e pesquisadores em Saúde Mental da USP, selecionados pelo Dr. Renato Mancini.

Política de Privacidade

Localização
Al. Joaquim Eugênio de Lima, 187 - cj.111 (a 2 quadras da av. Paulista) - Bela Vista - São Paulo/SP
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 275 - Cj. 112 - Bairro Itaim Bibi - São Paulo/SP
Contato
(11) 2688 - 7588
(11) 2688 - 4733
contato
Receba nosso resumo semanal
Copyright © 2019 Mancini Psicologia.

  • Author Details
57e06d9330a77e17aa984e0df5c53279?s=200&d=mm&r=g
Author Details
administrator
Sorry! The Author has not filled his profile.
[email protected]

Pressione Enter para pesquisar ou ESC para fechar

  • Home
  • Quem Somos
    • A Clínica
    • Dr. Renato Mancini
    • Equipe
  • Atendimento
    • Todas as Áreas de Atendimento
    • Acompanhamento Terapêutico
    • Atendimento Domiciliar
    • Avaliação Neuropsicológica
    • Avaliação de Personalidade
    • Internação
    • Assistência Técnica Judicial
    • Psicologia
    • Psicoterapias
    • Psiquiatria
    • Minha roda da vida
  • Áreas de Atuação
    • Todas as Áreas de Atuação
    • Autismo
    • Crianças
    • Gravidez e Puerpério
    • Jovens e Adolescentes
    • Saúde Mental da Mulher
    • Depressão
    • Idosos
    • TDAH – Déficit de Atenção
    • Tiques
    • Transtorno Bipolar
    • Transtorno do Pânico
  • Localização
  • Equipe na Mídia
  • Blog
  • Soluções Corporativas
    • Área Restrita
    • Soluções Corporativas
    • Palestras
    • Soluções Customizadas
  • ©