Como o estresse caminha pelo nosso corpo
O stress pode ser definido com uma reação que acontece diante de algo, em um determinado momento, que ultrapassa a capacidade de enfrentamento da pessoa. Este estado de tensão mental e físico produz um desequilíbrio no funcionamento do organismo.
O processo do estresse se inicia com a percepção que alguém tem sobre determinado evento. Este evento, por sua vez, pode tanto ser real como imaginário. Devido a isto, um mesmo evento pode ou não desencadear estresse, pois depende da interpretação que cada pessoa faz sobre a situação.
Quando algo é interpretado como estressor, é necessário que esta mensagem chegue até o hipotálamo, região do cérebro responsável por manter a homeostase do organismo e onde inicia o processo de estresse. O mensageiro pode ser um órgão como a visão (por exemplo, ver um perigo a sua frente), o olfato (sentir cheiro de fumaça), ou até mesmo o pensamento (ter expectativas infundadas ou preconceitos).
Quando o hipotálamo recebe esta mensagem se inicia um processo bem complexo. O hipotálamo se comunica com a hipófise que, por sua vez, enviam uma mensagem para as glândulas adrenais produzirem adrenalina e cortisol. Estas duas substâncias tem como função proteger nosso corpo: a adrenalina proporciona força para o organismo enfrentar o que interpreta como estressor e o cortisol busca eliminar os danos causados ao organismo. O problema disto é que quando estes hormônios são produzidos em excesso, podem causar danos ao nosso corpo.
A partir daí o estresse segue quatro fases:
1 – Fase de alerta: a pessoa acaba produzindo mais força e energia para lidar com a situação. Ocorrem mudanças hormonais para o enfrentamento da situação desafiadora, como se o indivíduo fosse lutar ou fugir frente aquilo que o estressa.
2 – Fase de resistência: a pessoa busca energia para se reequilibrar o que pode gerar aquela sensação de desgaste sem causa aparente. Quanto mais esforço é feito pela pessoa para se adaptar e restabelecer a harmonia de antes, maior é o desgaste do organismo.
3 – Fase de quase exaustão: o organismo está enfraquecido e não consegue se adaptar ou resistir ao estressor. Nesta fase que as doenças por conta do estresse começam a aparecer.
4 – Fase de exaustão: há uma quebra total da resistência e os sintomas se assemelham aos da primeira fase, porém mais intensos. As doenças aparecem em nível psicológico (depressão, ansiedade aguda, vontade de fugir de tudo) e físico (hipertensão arterial essencial, úlcera gástrica, psoríase).
Vale lembrar que não é o estresse que causa tais doenças, mas ele contribui para o enfraquecimento do organismo que fica mais suscetível a elas.
Também é importante lembrar que, segundo os pesquisadores, as duas primeiras fases ocorrem de forma universal, ou seja, as pessoas reagem de modo similar. Contudo, as duas últimas dependem muito da vulnerabilidade física e psicológica de cada um.