No relacionamento: você se protege ou se isola?
Relacionar-se não é uma tarefa fácil. Embora o ser humano tenha essa necessidade, relacionamentos com alguma freqüência são desencadeadores de conflitos, frustrações, decepções, dores e por mais afeto que haja entre as pessoas que se relacionam, qualquer um está sujeito a essas experiências “desagradáveis”.
O aspecto determinante a partir daí, é como você irá reagir a isso e a necessidade de construção do desafiador equilíbrio entre proteger-se ou isolar-se em uma relação.
A autoproteção é um cuidado. É a consciência de que o relacionamento se torna mais sólido e profundo, a medida em que um aspecto fundamental é construído: a confiança. E essa construção leva inegociavelmente tempo. Preservar-se não expondo inicialmente aspectos mais delicados ou doloroso, é natural e recomendável. A confiança mútua permitirá o aumento de intimidade e maior solidez na relação.
Já isolar-se no relacionamento, parece paradoxal, mas não é. Constantemente recebo no consultório casais que se “relacionam” sendo que um deles, ou até os dois, isolaram-se completamente. Assumem posturas e decisões individualistas, considerando parcialmente, ou desconsiderando o outro em suas escolhas. Esse comportamento pode ser intencional, deliberado ou inconsciente, como tentativa de evitar novos sofrimentos. Entretanto, independente de qual seja a motivação, com o tempo, a intimidade no relacionamento se esvai e logo se tornarão desconhecidos, ainda que convivam.