Alzheimer: quando parar de dirigir?
O Alzheimer é a causa mais frequente de demência, sendo responsável por cerca de 50% a 70% do total de casos. Trata-se de uma doença multifatorial, ou seja, há características genéticas como também fatores ambientais ainda não identificados. É também uma doença progressiva cujas alterações por ela trazidas impactam o cotidiano da pessoa.
Sabe-se que pacientes com Alzheimer têm maiores chances de acidentes com carros, uma vez que dirigir envolve integração motora, dos sentidos e do cérebro necessitando, por vezes, respostas rápidas o que faz com que a atividade de dirigir não seja simples.
É necessário, portanto, observar como estão as habilidades da pessoa com Alzheimer. Ela tem respostas rápidas quando é necessário tomar decisão? Tem apresentado problemas de coordenação? Quanto tempo leva para reagir a algum estímulo.
Ademais, é muito importante observar os sinais que dizem respeito à orientação espacial. Se o indivíduo com Alzheimer perde-se em lugares familiares, apresenta falhas na atenção e/ou confusão, ou também dirige com raiva ou em velocidade inapropriada, há de se compreender que evidencias da dificuldade que se tem em fazer uso de um automóvel.
Alguns pacientes demonstram resistência em abandonar a direção, porém, ainda que seja contra sua vontade, é necessário impedi-lo de dirigir. Algumas medidas como se oferecer para dirigir, reforçar que ele está com problema de memória e que, devido a isso, é perigoso pilotar um carro ou até mesmo pedir uma prescrição médica do profissional que o acompanha para que ele veja que realmente é uma recomendação importante a ser seguida, podem ser eficientes e servir como auxílio para que a pessoa com Alzheimer abandone tal atividade.