Uma questão frequente que aparece no consultório é a de quanto tempo dura o processo terapêutico. Não é raro encontrar pessoas que afirmam não buscar terapia pelo fato dela ser longa. Há, por outro lado, alguns “profissionais” que erroneamente dizem e garantem que em um número determinado de sessões o paciente já estará apto a lidar de maneira adequada com suas questões.
Afirmar que o processo terapêutico tem um tempo determinado não é verdade, pois ele depende em grande parte do comprometimento de ambos os lados, terapeuta e paciente.
Sabe-se, contudo, que cada indivíduo é singular e que nessa singularidade há também resistências. Assim, para um paciente pode ser bem mais difícil e demorado entrar em contato com sua problemática do que para outro, pois entrar em determinada questão pode às vezes ser dolorido e demandar mais tempo dependendo da pessoa.
Outro ponto que deve ser levado em conta é que quando o paciente vem ao consultório ele está lá de determinado modo, com determinada queixa e em determinado momento de sua vida.
O papel do psicoterapeuta neste sentido é então ajudar seu paciente a ter uma visão mais aberta e responsiva a respeito de sua queixa, de como ela se mostra e como ele responde a ela, levando em conta sempre a existência de novas possibilidades e maneiras de lidar com aquilo que lhe é trazido.
Neste sentido, a presença do psicoterapeuta é importante na medida em que ele serve de ajuda no descobrimento de novas formas de enxergar a situação, não com o objetivo de ser sempre aquele que indica o caminho a ser traçado pela pessoa que o procura, mas sim na intenção de ajuda-la a justamente fazer suas escolhas e se libertar daquilo que lhe incomoda.
Pensando nisso, Medard Boss, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, traz uma parábola árabe antiga que pode servir de exemplo quanto ao papel do terapeuta e até do tempo do processo psicoterápico:
“Aqui, um velho pai está em seu leito de morte. Ele chama seus três filhos e divide seus bens mundanos – dezessete camelos – a eles. O mais velho teria metade deles, o segundo um terço e o terceiro um nono.
O pai fecha os olhos para sempre. Os filhos ficam completamente perdidos. Eventualmente eles acham um homem que é tão sábio quanto pobre. Sua única propriedade é um camelo. Os três filhos pedem a ele ajuda para resolver o problema insolúvel de divisão da herança.
O homem sábio apenas adicionou o seu camelo aos da herança, e a divisão se tornou imediatamente simples. O filho mais velho fica com metade de dezoito camelos, nove; o segundo um terço, seis; o mais novo um nono, dois. Mas olhe e veja, nove mais seis mais dois são dezessete, a herança original. O décimo oitavo camelo do homem sábio voltou para ele; não era mais necessário, embora temporariamente tenha sido essencial.” (BOSS, 1963, p.259).
O que pode ser tirado desta história é que o papel do psicoterapeuta deve ser semelhante aquele desempenhado pelo camelo do homem sábio, ou seja, fundamental para compreensão e resolução do problema, mas prescindível uma vez que é resolvido. O tempo que se leva para a compreensão do problema a forma de lidar com ele varia de acordo com o paciente, conforme explicado no início do texto.
É bem verdade, porém, que nossa vida não é estática e que a cada momento surgem novas questões que precisam ser resolvidas.
Desta forma, a terapia pode ser útil novamente mesmo para uma pessoa que já passou pelo processo psicoterápico por bastante tempo, pois dependendo do que ocorre, mais uma vez, precisamos de um auxílio.
O tempo da terapia então varia conforme cada paciente lida com sua problemática, porém, independente do tempo que é dispensado o objetivo permanece o mesmo: ajudar cada pessoa a se apropriar de sua vida, escolhas e lidar de uma forma melhor com aquilo que a fez buscar um terapeuta.
Meu interesse em Psicologia nasce da minha curiosidade em compreender o comportamento humano e na habilidade e potencialidade que esta profissão oferece de uma escuta diferenciada.
Uma questão frequente que aparece no consultório é a de quanto tempo dura o processo terapêutico. Não é raro encontrar pessoas que afirmam não buscar terapia pelo fato dela ser longa. Há, por outro lado, alguns “profissionais” que erroneamente dizem e garantem que em um número determinado de sessões o paciente já estará apto a lidar de maneira adequada com suas questões. Afirmar que o processo terapêutico tem um tempo determinado não é verdade, pois ele depende em grande parte do comprometimento de ambos os lados, terapeuta e paciente. Sabe-se, contudo, que cada indivíduo é singular e que nessa singularidade há também resistências. Assim, para um paciente pode ser bem mais difícil e demorado entrar em contato com sua problemática do que para outro, pois entrar em determinada questão pode às vezes ser dolorido e demandar mais tempo dependendo da pessoa. Outro ponto que deve ser levado em conta é que quando o paciente vem ao consultório ele está lá de determinado modo, com determinada queixa e em determinado momento de sua vida. O papel do psicoterapeuta neste sentido é então ajudar seu paciente a ter uma visão mais aberta e responsiva a respeito de sua queixa, de como ela se mostra e como ele responde a ela, levando em conta sempre a existência de novas possibilidades e maneiras de lidar com aquilo que lhe é trazido. Neste sentido, a presença do psicoterapeuta é importante na medida em que ele serve de ajuda no descobrimento de novas formas de enxergar a situação, não com o objetivo de ser sempre aquele que indica o caminho a ser traçado pela pessoa que o procura, mas sim na intenção de ajuda-la a justamente fazer suas escolhas e se libertar daquilo que lhe incomoda. Pensando nisso, Medard Boss, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, traz uma parábola árabe antiga que pode servir de exemplo quanto ao papel do terapeuta e até do tempo do processo psicoterápico: “Aqui, um velho pai está em seu leito de morte. Ele chama seus três filhos e divide seus bens mundanos – dezessete camelos – a eles. O mais velho teria metade deles, o segundo um terço e o terceiro um nono. O pai fecha os olhos para sempre. Os filhos ficam completamente perdidos. Eventualmente eles acham um homem que é tão sábio quanto pobre. Sua única propriedade é um camelo. Os três filhos pedem a ele ajuda para resolver o problema insolúvel de divisão da herança. O homem sábio apenas adicionou o seu camelo aos da herança, e a divisão se tornou imediatamente simples. O filho mais velho fica com metade de dezoito camelos, nove; o segundo um terço, seis; o mais novo um nono, dois. Mas olhe e veja, nove mais seis mais dois são dezessete, a herança original. O décimo oitavo camelo do homem sábio voltou para ele; não era mais necessário, embora temporariamente tenha sido essencial.” (BOSS, 1963, p.259). O que pode ser tirado desta história é que o papel do psicoterapeuta deve ser semelhante aquele desempenhado pelo camelo do homem sábio, ou seja, fundamental para compreensão e resolução do problema, mas prescindível uma vez que é resolvido. O tempo que se leva para a compreensão do problema a forma de lidar com ele varia de acordo com o paciente, conforme explicado no início do texto. É bem verdade, porém, que nossa vida não é estática e que a cada momento surgem novas questões que precisam ser resolvidas. Desta forma, a terapia pode ser útil novamente mesmo para uma pessoa que já passou pelo processo psicoterápico por bastante tempo, pois dependendo do que ocorre, mais uma vez, precisamos de um auxílio. O tempo da terapia então varia conforme cada paciente lida com sua problemática, porém, independente do tempo que é dispensado o objetivo permanece o mesmo: ajudar cada pessoa a se apropriar de sua vida, escolhas e lidar de uma forma melhor com aquilo que a fez buscar um terapeuta. Se precisa de ajuda ou está com dúvidas, não deixe de se consultar com profissionais que podem te ajudar. Entre em contato com os nossos profissionais clicando aqui. Referência: BOSS, M. Psychoanalysis & Daseinsanalysis. New York, London: Basic Books, Inc. Publishers, 1963.
Uma questão frequente que aparece no consultório é a de quanto tempo dura o processo terapêutico. Não é raro encontrar pessoas que afirmam não buscar terapia pelo fato dela ser longa. Há, por outro lado, alguns “profissionais” que erroneamente dizem e garantem que em um número determinado de sessões o paciente já estará apto a lidar de maneira adequada com suas questões. Afirmar que o processo terapêutico tem um tempo determinado não é verdade, pois ele depende em grande parte do comprometimento de ambos os lados, terapeuta e paciente. Sabe-se, contudo, que cada indivíduo é singular e que nessa singularidade há também resistências. Assim, para um paciente pode ser bem mais difícil e demorado entrar em contato com sua problemática do que para outro, pois entrar em determinada questão pode às vezes ser dolorido e demandar mais tempo dependendo da pessoa. Outro ponto que deve ser levado em conta é que quando o paciente vem ao consultório ele está lá de determinado modo, com determinada queixa e em determinado momento de sua vida. O papel do psicoterapeuta neste sentido é então ajudar seu paciente a ter uma visão mais aberta e responsiva a respeito de sua queixa, de como ela se mostra e como ele responde a ela, levando em conta sempre a existência de novas possibilidades e maneiras de lidar com aquilo que lhe é trazido. Neste sentido, a presença do psicoterapeuta é importante na medida em que ele serve de ajuda no descobrimento de novas formas de enxergar a situação, não com o objetivo de ser sempre aquele que indica o caminho a ser traçado pela pessoa que o procura, mas sim na intenção de ajuda-la a justamente fazer suas escolhas e se libertar daquilo que lhe incomoda. Pensando nisso, Medard Boss, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, traz uma parábola árabe antiga que pode servir de exemplo quanto ao papel do terapeuta e até do tempo do processo psicoterápico: “Aqui, um velho pai está em seu leito de morte. Ele chama seus três filhos e divide seus bens mundanos – dezessete camelos – a eles. O mais velho teria metade deles, o segundo um terço e o terceiro um nono. O pai fecha os olhos para sempre. Os filhos ficam completamente perdidos. Eventualmente eles acham um homem que é tão sábio quanto pobre. Sua única propriedade é um camelo. Os três filhos pedem a ele ajuda para resolver o problema insolúvel de divisão da herança. O homem sábio apenas adicionou o seu camelo aos da herança, e a divisão se tornou imediatamente simples. O filho mais velho fica com metade de dezoito camelos, nove; o segundo um terço, seis; o mais novo um nono, dois. Mas olhe e veja, nove mais seis mais dois são dezessete, a herança original. O décimo oitavo camelo do homem sábio voltou para ele; não era mais necessário, embora temporariamente tenha sido essencial.” (BOSS, 1963, p.259). O que pode ser tirado desta história é que o papel do psicoterapeuta deve ser semelhante aquele desempenhado pelo camelo do homem sábio, ou seja, fundamental para compreensão e resolução do problema, mas prescindível uma vez que é resolvido. O tempo que se leva para a compreensão do problema a forma de lidar com ele varia de acordo com o paciente, conforme explicado no início do texto. É bem verdade, porém, que nossa vida não é estática e que a cada momento surgem novas questões que precisam ser resolvidas. Desta forma, a terapia pode ser útil novamente mesmo para uma pessoa que já passou pelo processo psicoterápico por bastante tempo, pois dependendo do que ocorre, mais uma vez, precisamos de um auxílio. O tempo da terapia então varia conforme cada paciente lida com sua problemática, porém, independente do tempo que é dispensado o objetivo permanece o mesmo: ajudar cada pessoa a se apropriar de sua vida, escolhas e lidar de uma forma melhor com aquilo que a fez buscar um terapeuta. Se precisa de ajuda ou está com dúvidas, não deixe de se consultar com profissionais que podem te ajudar. Entre em contato com os nossos profissionais clicando aqui. Referência: BOSS, M. Psychoanalysis & Daseinsanalysis. New York, London: Basic Books, Inc. Publishers, 1963.
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