O sofrimento faz parte de nossas vidas e não é difícil recordar de situações em que o experienciamos em suas diferentes formas e intensidades. É comum também conhecermos histórias de pessoas que superaram acontecimentos trágicos e continuaram com sua vida apesar da dificuldade. Pode ser dito que é bem diversa a atitude tomada pelas pessoas diante de uma tragédia, pois assim como há aquelas que sucumbem e desistem, há também outras que demonstram capacidade de superar os obstáculos por mais difíceis que sejam e seguir em frente.
Um dos estudiosos mais conhecidos nesse campo é o psiquiatra francês Boris Cyrulnik, conhecido por se debruçar no tema da resiliência, ou seja, a capacidade para crescer ao enfrentar problemas terríveis. Ele se interessou pelo tema e buscou estudar as razões pelas quais algumas pessoas são afetadas por um acontecimento negativo enquanto outras são capazes de se recuperar. De acordo com sua teoria, a resiliência não nasce com as pessoas, mas se constrói por um processo natural. O teórico afirma que construímos nossa resiliência ao desenvolver relações. Diz ele que sempre estamos nos construindo a partir de pessoas e situações com as quais nos encontramos, palavras que ouvimos e sentimentos que surgem.
Ainda de acordo com o autor, alguns mecanismos como o humor, a criatividade, o altruísmo e outras emoções positivas são fatores importantes para a resiliência, de modo que alguns meios incentivam o caráter sociocultural de resiliência, enquanto outros o impedem. Seus estudos mostraram que as pessoas mais aptas a criar resiliência, superando dificuldades e traumas da vida, são pessoas que tinham a capacidade de encontrar sentido na tristeza, vendo tais experiências como úteis ao ponto de lhes ensinarem algo. Deste modo, apesar do presente ser doloroso a capacidade de enxergar o futuro como propiciador de algo melhor persistia.
Tal ideia já era presente nos primeiros estudos realizados que deram a origem do conceito de resiliência. Neles, foi possível perceber que acompanhando por décadas adultos e crianças traumatizadas, nem sempre aquilo que se esperava logicamente de fato acontecia.
Foi a psicóloga americana Emmy Werner a responsável pelo conceito de resiliência. Também em suas pesquisas acompanhou setecentas crianças sem família, sem escola e com histórico de agressões físicas e sexuais. Três décadas mais tarde concluiu que grande parte dessas crianças tinham se tornado adulto com algum tipo de transtorno psíquico e/ou desajuste social. Entretanto, 28% deles conseguiram constituir família e se dedicar a algum trabalho, além de não apresentarem qualquer distúrbio psíquico.
Já de acordo com Boris Cyrulnik a dor trazida por experiências ruins não é menor em pessoas resilientes. O que ocorre não é a intensidade da dor, mas a forma de lidar com ela. O desafio então seria superar o ocorrido e encontrar forças para seguir em frente, evitando que a experiência entendida como trauma te domine e não ser refém dela.
Outro dado interessante entre os achados de Cyrulnik diz respeito à habilidade das crianças em se recuperar dos traumas quando recebem o apoio adequado. Seus estudos mostram que o cérebro é maleável e consegue se recuperar. Uma criança traumatizada, por exemplo, apresenta os ventrículos e córtex encolhidos, porém, segundo pesquisas, quando a mesma criança recebe apoio e carinho após o trauma, percebeu-se que o cérebro volta a normalidade, demonstrando assim, a importância do ambiente em que ela está inserida.
Deste modo, o psiquiatra também alerta para a importância de não rotular as crianças que sofreram algum tipo de trauma, pois tal atitude pode reforçar um futuro sem aparente esperança. Conforme o autor, rotular pessoas por conta do trauma experienciado por elas pode até mesmo ser mais prejudiciais do que a própria experiência.
Meu interesse em Psicologia nasce da minha curiosidade em compreender o comportamento humano e na habilidade e potencialidade que esta profissão oferece de uma escuta diferenciada.
O sofrimento faz parte de nossas vidas e não é difícil recordar de situações em que o experienciamos em suas diferentes formas e intensidades. É comum também conhecermos histórias de pessoas que superaram acontecimentos trágicos e continuaram com sua vida apesar da dificuldade. Pode ser dito que é bem diversa a atitude tomada pelas pessoas diante de uma tragédia, pois assim como há aquelas que sucumbem e desistem, há também outras que demonstram capacidade de superar os obstáculos por mais difíceis que sejam e seguir em frente. Um dos estudiosos mais conhecidos nesse campo é o psiquiatra francês Boris Cyrulnik, conhecido por se debruçar no tema da resiliência, ou seja, a capacidade para crescer ao enfrentar problemas terríveis. Ele se interessou pelo tema e buscou estudar as razões pelas quais algumas pessoas são afetadas por um acontecimento negativo enquanto outras são capazes de se recuperar. De acordo com sua teoria, a resiliência não nasce com as pessoas, mas se constrói por um processo natural. O teórico afirma que construímos nossa resiliência ao desenvolver relações. Diz ele que sempre estamos nos construindo a partir de pessoas e situações com as quais nos encontramos, palavras que ouvimos e sentimentos que surgem. Ainda de acordo com o autor, alguns mecanismos como o humor, a criatividade, o altruísmo e outras emoções positivas são fatores importantes para a resiliência, de modo que alguns meios incentivam o caráter sociocultural de resiliência, enquanto outros o impedem. Seus estudos mostraram que as pessoas mais aptas a criar resiliência, superando dificuldades e traumas da vida, são pessoas que tinham a capacidade de encontrar sentido na tristeza, vendo tais experiências como úteis ao ponto de lhes ensinarem algo. Deste modo, apesar do presente ser doloroso a capacidade de enxergar o futuro como propiciador de algo melhor persistia. Tal ideia já era presente nos primeiros estudos realizados que deram a origem do conceito de resiliência. Neles, foi possível perceber que acompanhando por décadas adultos e crianças traumatizadas, nem sempre aquilo que se esperava logicamente de fato acontecia. Foi a psicóloga americana Emmy Werner a responsável pelo conceito de resiliência. Também em suas pesquisas acompanhou setecentas crianças sem família, sem escola e com histórico de agressões físicas e sexuais. Três décadas mais tarde concluiu que grande parte dessas crianças tinham se tornado adulto com algum tipo de transtorno psíquico e/ou desajuste social. Entretanto, 28% deles conseguiram constituir família e se dedicar a algum trabalho, além de não apresentarem qualquer distúrbio psíquico. Já de acordo com Boris Cyrulnik a dor trazida por experiências ruins não é menor em pessoas resilientes. O que ocorre não é a intensidade da dor, mas a forma de lidar com ela. O desafio então seria superar o ocorrido e encontrar forças para seguir em frente, evitando que a experiência entendida como trauma te domine e não ser refém dela. Outro dado interessante entre os achados de Cyrulnik diz respeito à habilidade das crianças em se recuperar dos traumas quando recebem o apoio adequado. Seus estudos mostram que o cérebro é maleável e consegue se recuperar. Uma criança traumatizada, por exemplo, apresenta os ventrículos e córtex encolhidos, porém, segundo pesquisas, quando a mesma criança recebe apoio e carinho após o trauma, percebeu-se que o cérebro volta a normalidade, demonstrando assim, a importância do ambiente em que ela está inserida. Deste modo, o psiquiatra também alerta para a importância de não rotular as crianças que sofreram algum tipo de trauma, pois tal atitude pode reforçar um futuro sem aparente esperança. Conforme o autor, rotular pessoas por conta do trauma experienciado por elas pode até mesmo ser mais prejudiciais do que a própria experiência. Se precisa de ajuda ou está com dúvidas, não deixe de se consultar com profissionais que podem te ajudar. Entre em contato com os nossos profissionais clicando aqui. Referência: MASSARO, Evelyn Kay et al. O livro da psicologia. Porto Alegre: Editora Globo, 2016. 352 p.
O sofrimento faz parte de nossas vidas e não é difícil recordar de situações em que o experienciamos em suas diferentes formas e intensidades. É comum também conhecermos histórias de pessoas que superaram acontecimentos trágicos e continuaram com sua vida apesar da dificuldade. Pode ser dito que é bem diversa a atitude tomada pelas pessoas diante de uma tragédia, pois assim como há aquelas que sucumbem e desistem, há também outras que demonstram capacidade de superar os obstáculos por mais difíceis que sejam e seguir em frente. Um dos estudiosos mais conhecidos nesse campo é o psiquiatra francês Boris Cyrulnik, conhecido por se debruçar no tema da resiliência, ou seja, a capacidade para crescer ao enfrentar problemas terríveis. Ele se interessou pelo tema e buscou estudar as razões pelas quais algumas pessoas são afetadas por um acontecimento negativo enquanto outras são capazes de se recuperar. De acordo com sua teoria, a resiliência não nasce com as pessoas, mas se constrói por um processo natural. O teórico afirma que construímos nossa resiliência ao desenvolver relações. Diz ele que sempre estamos nos construindo a partir de pessoas e situações com as quais nos encontramos, palavras que ouvimos e sentimentos que surgem. Ainda de acordo com o autor, alguns mecanismos como o humor, a criatividade, o altruísmo e outras emoções positivas são fatores importantes para a resiliência, de modo que alguns meios incentivam o caráter sociocultural de resiliência, enquanto outros o impedem. Seus estudos mostraram que as pessoas mais aptas a criar resiliência, superando dificuldades e traumas da vida, são pessoas que tinham a capacidade de encontrar sentido na tristeza, vendo tais experiências como úteis ao ponto de lhes ensinarem algo. Deste modo, apesar do presente ser doloroso a capacidade de enxergar o futuro como propiciador de algo melhor persistia. Tal ideia já era presente nos primeiros estudos realizados que deram a origem do conceito de resiliência. Neles, foi possível perceber que acompanhando por décadas adultos e crianças traumatizadas, nem sempre aquilo que se esperava logicamente de fato acontecia. Foi a psicóloga americana Emmy Werner a responsável pelo conceito de resiliência. Também em suas pesquisas acompanhou setecentas crianças sem família, sem escola e com histórico de agressões físicas e sexuais. Três décadas mais tarde concluiu que grande parte dessas crianças tinham se tornado adulto com algum tipo de transtorno psíquico e/ou desajuste social. Entretanto, 28% deles conseguiram constituir família e se dedicar a algum trabalho, além de não apresentarem qualquer distúrbio psíquico. Já de acordo com Boris Cyrulnik a dor trazida por experiências ruins não é menor em pessoas resilientes. O que ocorre não é a intensidade da dor, mas a forma de lidar com ela. O desafio então seria superar o ocorrido e encontrar forças para seguir em frente, evitando que a experiência entendida como trauma te domine e não ser refém dela. Outro dado interessante entre os achados de Cyrulnik diz respeito à habilidade das crianças em se recuperar dos traumas quando recebem o apoio adequado. Seus estudos mostram que o cérebro é maleável e consegue se recuperar. Uma criança traumatizada, por exemplo, apresenta os ventrículos e córtex encolhidos, porém, segundo pesquisas, quando a mesma criança recebe apoio e carinho após o trauma, percebeu-se que o cérebro volta a normalidade, demonstrando assim, a importância do ambiente em que ela está inserida. Deste modo, o psiquiatra também alerta para a importância de não rotular as crianças que sofreram algum tipo de trauma, pois tal atitude pode reforçar um futuro sem aparente esperança. Conforme o autor, rotular pessoas por conta do trauma experienciado por elas pode até mesmo ser mais prejudiciais do que a própria experiência. Se precisa de ajuda ou está com dúvidas, não deixe de se consultar com profissionais que podem te ajudar. Entre em contato com os nossos profissionais clicando aqui. Referência: MASSARO, Evelyn Kay et al. O livro da psicologia. Porto Alegre: Editora Globo, 2016. 352 p.
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