O que é Cleptomania? Identificação e tratamento
Cleptomania é um transtorno do controle do impulso caracterizado pelo comportamento repetitivo de furtar itens que não são necessários e que a pessoa poderia facilmente comprar. Pessoas com cleptomania, embora cientes de não necessitarem furtar, não conseguem controlar este comportamento impulsivo. Diante do objeto a ser furtado, essas pessoas apresentam uma tensão e, no momento do furto, elas sentam uma sensação de gratificação e prazer que as levam a repetir o ato frequentemente. Todavia, este comportamento tem como consequências emocionais e funcionais significativas. Entenda melhor sobre este transtorno.
Como identificar o cleptomaníaco?
Pessoas que tem cleptomania diferenciam de pessoas que cometem furtos motivados pela aquisição de um objeto de importante utilidade e valor. Além disso, os furtos não ocorrem como forma de expressar raiva ou vingança. Não é uma resposta de um delírio ou alucinação da pessoa, assim como não é melhor explicado por um Transtorno de Conduta, por episódio de mania por conta de um Transtorno Bipolar ou por conta do diagnóstico de Transtorno de Personalidade Antissocial. Quem apresenta cleptomania pode desejar determinado item independente de sua utilidade, para colecionar, utilizar ou até mesmo devolvê-lo.
Prejuízos do Transtorno
Este transtorno traz consequências tanto legais quanto psicossociais a pessoa. Além disso, ela também pode apresentar problemas emocionais significativos. Por se tratar de um diagnóstico negligenciado pelo paciente e pessoas próximas, o sofrimento emocional destas pessoas pode se agravar e, de fato, a taxa de suicídio de pessoas com este transtorno é elevada.
Pessoas com cleptomania possuem bastante prejuízo na funcionalidade, uma vez que, por conta dos pensamentos intrusivos relacionados ao comportamento de furtar, estes interferem na capacidade de concentrar-se em tarefas, tanto domésticas quanto do trabalho. Além disso, alguns pacientes deixam de cumprir seus compromissos, por levaram tempo em lojas, para realizar furtos. Pessoas com cleptomania apresentam insatisfação em relação à sua qualidade de vida, por conta dos fatores negativos anteriormente citados.
Como é o tratamento da Cleptomania?
Embora apresentem prejuízos negativos e funcionais, pessoas que apresentam cleptomania possuem dificuldades em buscar por tratamento. Por muitas vezes, elas lutam com este transtorno por muitos anos (entre 10 e 20 anos) até procurar por auxilio profissional. Um dos motivos importantes para a demora em buscar tratamento é que estes pacientes percebem este comportamento como desvio moral, e não como um transtorno mental. Outro fator importante é que, por conta da vergonha, pessoas com cleptomania se isolam, e isso dificulta a busca por ajuda profissional. Quando decidem por fazer tratamento psicológico e/ou psiquiátrico, o motivo é para tratar os sintomas depressivos ou ansiosos, uma vez que estes pacientes se preocupam de que o profissional da saúde não seja capaz de trata-lo de ele informar sobre os furtos para a polícia.
Considerando tanto os prejuízos emocionais e funcionais, assim como o fator moral que impede o indivíduo de se sentir seguro para tratar deste transtorno, o trabalho com um psicólogo, cujo o papel é, antes de mais nada, acolher o sofrimento do paciente e não fazer julgamentos, pode ser de suma importância. Além disso, este profissional está apto para auxiliar o paciente com Cleptomania a lidar com este impulso. Por fim, considerando as comorbidades que estes pacientes apresentam, como depressão e ansiedade, acompanhamento com psiquiatra, para avaliar a necessidade de medicação, pode ser significativo ao paciente.
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