Síndrome de Burnout: 3 características chave
A Síndrome de Burnout foi descrita a primeira vez em 1974 por Herbert Freudenberger, psicólogo americano que trabalhava em uma clínica de dependentes químicos e lá começou a observar seu próprio comportamento e de seus colegas de trabalho que apresentavam sintomas de estresse relacionados ao trabalho. A partir de então, cresceu o interesse sobre o tema e diversas pesquisas científicas surgiram.
No Brasil, é também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional e desenvolve-se devido ao estado de tensão emocional e estresse crônico causados pelo ambiente de trabalho. As profissões de maior risco são aquelas em que há contato interpessoal intenso, como profissionais da saúde e da área de educação. Mas pode ocorrer em qualquer profissional, pois fatores pessoais também tem influência no aparecimento da Síndrome.
Sua prevalência varia muito de acordo com o instrumento utilizado para medir o Burnout e com a população estudada, mas atinge em torno de 26% dos professores e 23% dos médicos no Brasil.
A Síndrome de Burnout possui três características chave:
- Exaustão emocional;
- Despersonalização;
- Baixa realização pessoal.
A exaustão emocional diz respeito ao esgotamento físico e mental que se desenvolve em decorrência da sobrecarga com o trabalho. Pode também haver falta de energia, alterações de sono, dificuldade de concentração, tristeza, cefaleia e tensão muscular. A despersonalização aparece como uma estratégia de enfrentamento com comportamentos negativos, como indiferença, irritabilidade e cinismo. Já a baixa realização pessoal é a insatisfação com o próprio desempenho e uma autoavaliação negativa.
A Síndrome pode estar presente também no contexto de ‘’Home-Office”, já que a sensação de estar o tempo todo disponível para a empresa e a dificuldade de lidar com a ausência de separação do espaço físico do trabalho (que passou a ser a própria casa) pode trazer uma carga de estresse importante.
Apesar de a Síndrome de Burnout não estar categorizada do DSM, o Manual de Diagnósticos da Psiquiatria, sabe-se que ela está relacionada a Transtornos Depressivos e Ansiosos e por isso, exige acompanhamento médico e tratamento.
O tratamento envolve medicamentos específicos, psicoterapia e, em alguns casos a depender da gravidade, o indivíduo precisa ficar algum tempo afastado do trabalho até que se recupere ou mesmo passar por uma readaptação de função em seu emprego.
Todo profissional deve avaliar como seu ambiente de trabalho influencia sua qualidade de vida e sua saúde física e mental. Conversar com seu médico sobre isso e também praticar hábitos saudáveis como exercícios físicos e técnicas de meditação e relaxamento, são estratégias essenciais para prevenir a Síndrome de Burnout.
Se precisa de ajuda ou está com dúvidas, não deixe de se consultar com profissionais que podem te ajudar.