A memória na Doença de Alzheimer
O primeiro sintoma a aparecer na doença de Alzheimer é a dificuldade com a memória: os esquecimentos. Trata-se de uma alteração que se desenvolve de maneira insidiosa, ou seja, aparece aos poucos e se agrava paulatinamente.
As memórias que são mais afetadas são as mais recentes. Com isso, a pessoa se esquece de uma conversa que teve alguns minutos antes, não se lembra de um filme que assistiu no dia anterior, costuma repetir a mesma pergunta várias vezes (pois não se lembra de já ter perguntado). Além disso, ele pode ter dificuldade em aprender assuntos novos e ter dificuldade em reter novas instruções. Isso acontece pois a primeira região a ser acometida pela Doença de Alzheimer é o hipocampo, que é a área do cérebro responsável por formar novas memórias.
Contudo, a pessoa mantém a memória para fatos mais antigos bastante preservada no início da doença, conseguindo se recordar de dados de sua infância, de sua adolescência, de seu casamento, dos seus primeiros trabalhos. Pode falar sobre livros e filmes com os quais teve contato anos antes. Com a progressão da doença, essas memórias podem ser afetadas também, sendo que quanto mais antiga uma memória, mais tempo demorará para ela ser acometida.
As memórias de procedimentos (que envolvem a execução de uma tarefa, como tocar um instrumento musical, andar de bicicleta, dançar) também se mantêm preservadas até fases mais tardias da doença também.
Bibliografia: Mast, BT; Yochim, BP. Doença de Alzheimer e demência. 1 ed. São Paulo : Hogrefe, 2019.
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