Autoestima
Entende-se por autoestima o valor que a pessoa atribui a si mesma. Ela pode ser expressa nas atitudes consigo própria e nas relações com os outros e se forma a partir das relações sociais estabelecidas no início da vida e se estende às novas relações ao longo dela.
Acredita-se que a autoestima está associada à Teoria do Apego proposta na década de 50 por John Bowlby, psiquiatra e psicanalista britânico, que definia o apego como o vínculo que liga uma pessoa a outra para além do espaço e do tempo. O ser humano tem disposição biológica que busca afeto e cuidado e, portanto, as pessoas de apego acabam sendo aquelas que atendem inicialmente às necessidades da criança.
A autoimagem é construída, em grande parte, a partir de tais relações e do valor que tais pessoas lhe empregam, servindo de espelho. Sendo assim, uma criança que é reconhecida em suas conquistas e habilidades possivelmente se enxergará da mesma forma, mas aquela que for negligenciada, abusada e desqualificada, também incorporará tais características.
Reynaldo Perrone, psiquiatra francês, acredita que 90% das queixas no consultório estão relacionadas a problemas na autoestima, interferindo não só no autoconceito, mas em outras esferas relacionais e ocupacionais.
A autoimagem tem um funcionamento semelhante ao de uma gangorra, isto é, quando superestimamos nossas próprias capacidades, tendemos a desqualificar ou subestimar as potencialidades do outro. O inverso também pode acontecer, e é o caso de pessoas que, ao se compararem com outras, as supervalorizam, se colocando em uma condição inferior.