Transtorno disfórico pré-menstrual
Entre 75% e 95% das mulheres em idade reprodutiva irão apresentar algum sintoma leve pré-menstrual, mas a maior parte delas não necessita de tratamento.
Uma parte, porém, apresenta sintomas importantes, que podem ser até incapacitantes, o que caracteriza o Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM) e está presente em cerca de 2 a 6% das mulheres (prevalência em 12 meses).
A etiologia do transtorno envolve as flutuações hormonais que ocorrem no ciclo menstrual, particularmente a rápida diminuição da progesterona na fase folicular.
O TDPM é composto por sintomas que devem se iniciar na semana antes do início da menstruação e diminuem consideravelmente com a menstruação e se tornam mínimos ou ausentes na semana pós-menstrual.
O quadro clínico caracteriza-se por labilidade afetiva (mudanças de humor, sentir-se chorosa), irritabilidade, humor deprimido, ansiedade acentuada, interesse diminuído por atividades habituais, dificuldade de concentração, falta de energia, alteração do apetite e sono e sintomas físicos (inchaço nas mamas, dor nas articulações, sensação de inchaço no corpo).
Para que o diagnóstico seja feito é necessário que estejam presentes a maioria dos sintomas e que haja repercussão na funcionalidade da pessoa, com sofrimento significativo e interferência em suas atividades diárias, como trabalho, estudos e atividades sociais.
O tratamento padrão-ouro para o TDPM são os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina.