Autossabotagem
É muito comum lidarmos conflitos nos relacionamentos. Nos sentimos prejudicados, impedidos, desconsiderados pelo outro, e somos obrigados a aprender como nos posicionarmos diante disso.
A “vantagem” é que se a ameaça vem do outro, posso, facilmente ou não, me distanciar, me preservar, me isolar, considerar que essa outra pessoa representa uma ameaça e que preciso me manter distante. Mas e quando quem nos prejudica somos nós mesmos?
A autossabotagem é um movimento que frequentemente identificamos na psicoterapia e que facilmente passa despercebido no dia a dia, por não ter um caráter obvio.
Desviar quando se tem possibilidade de um relacionamento desejado, facilitar situações que aumentem seu risco de sair da dieta, não se expor diante de uma boa oportunidade profissional, evitar movimentos necessários para o cumprimento de um objetivo; todos são exemplos de autossabotagem.
Comportamentos com motivações inconscientes ou não, que te impedem de alguma realização.
Entender o que te motiva a praticar a autossabotagem é desafiador. Exige profundo nível de autoconhecimento, para que possa esclarecer o que se “perde” ou se “ganha” emocionalmente diante daquela conquista, que no fundo é tão ameaçador ao ponto de te fazer evitar a conquista como uma forma de autoproteção.
Apesar de ser um grande desafio, inibir a autossabotagem é essencial para uma vida psíquica de qualidade. Então, fique atento a sua reação diante de boas oportunidades, ou de um caminho que te leva a uma grande conquista. E se identificar autossabotagem frequente, busque apoio de um profissional
qualificado.
Compreender mais o comportamento humano e poder contribuir de alguma maneira na qualidade de vida das pessoas, sempre me gerou curiosidade e interesse. Por isto, desde muito cedo me apaixonei pela Psicologia.
Ainda na graduação de psicologia conduzi meus olhares para área de saúde mental e participei da equipe de doenças neurodegenerativas na UNIFESP, onde tive meus primeiros contatos com a Neuropsicologia.
Iniciei minhas especializações pela Psicopatologia e Dependência Química. Essa experiência me trouxe o desejo de aprofundar ainda mais meus conhecimentos na relação entre neurociência e a saúde mental. Por isto, escolhi o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP para consolidar minha atuação clínica.
No Instituto atuei como Psicoterapeuta abordando temas relacionados a masculinidade e feminilidade no Gender Group. Também estive como colaboradora no Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Álcool e Drogas (GREA), o que contribuiu para ampliar e fortalecer meu repertório sobre dependência química.
Retomei o contato com a Neuropsicologia, área promissora que estabelece relação entre o funcionamento cerebral e o comportamento humano, na qual possuo título de especialista.
Além de realizar diversas avaliações neuropsicológicas e de personalidade em áreas como a Psiquiatria, Neurologia, pude também me capacitar e atuar no contexto jurídico através do Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (NUFOR).
Construí minha carreira de maneira sólida, com atualizações profundas e constantes. Mesmo assim, entendo que meu trabalho baseia-se no pressuposto de que teoria nenhuma abarca a complexidade da alma humana.
Empatia e escuta individualizada são exercícios constantes; eixos para um atendimento mais humano e personalizado.
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