O que é superdotação/altas Habilidades?
Quando pensamos em superdotação/altas habilidades costumamos pensar nos gênios ou na nas pessoas com desempenho acadêmico extraordinário, mas a verdade é que a superdotação não constituem um grupo homogêneo de indivíduos. Um estudo de 1997, e muito bem aceito até os dias atuais, separa os superdotados em dois grupos: os acadêmicos e os produtivos-criativos.
O superdotado acadêmico são aquelas pessoas que apresentam notável desempenho escolar, têm bastante facilidade para aprender, tem grande vocabulário, ótimo raciocínio verbal e numérico, boa memória, gostam do ambiente escolar e costumam ser bem vistos pelos mestres e professores. A identificação dessas pessoas costuma ser feita através da quantificação do Quociente de inteligência (QI), que é feita através da avaliação neuropsicólogica, e através olhos da psicometria esse QI costuma ser igual ou superior a 130.
Entretanto para se considerar um superdotado precisa-se também avaliar alguns aspectos afetivos-emocionais. Os superdotados acadêmicos possuem grande motivação para aprender, sente a necessidade de sempre saber mais e buscam ativamente novas aprendizagens. As pessoas com essas condições cognitivas demandam bastante estimulação mental/intelectual e costuma ser persistentes nas atividades que lhes interessam.
Já a superdotação produtiva-criativa está relacionada a facilidade acentuada de desenvolvimento de ideias, criatividade, originalidade e produção de novos conhecimentos. Os superdotados produtivos-criativos não necessariamente possuem um QI superior, mas estão sempre em busca de novas formas de fazer as coisas, usam do humor, são bastante inventivos e têm uma grande diversidade de interesses. Em geral apresentam alta sensibilidade emocional e capacidade de empatia, têm grande capacidade de reflexão e boa autoconsciência. As pessoa com altas habilidades produtivas-criativas geralmente são reconhecidas pro professores ou parceiros de trabalho, já que não existe uma avaliação estruturada para tal.
A psicologia começou fazer sentido para mim desde a adolescência quando percebi que corpo e mente estão em constante comunicação e se influenciando mutuamente. Desde muito cedo soube o caminho profissional que seguiria: psicologia em interface com o corpo, por isso a escolha da universidade foi criteriosa.
Essa interface me suscitou cada vez mais curiosidade e após muito estudo da psicologia analítica, resolvi buscar algo mais voltado para o funcionamento neurológico, e foi quando iniciei minha formação em neuropsicologia – minha paixão profissional – pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP.
A fim de melhorar meu atendimento neuropsicológico e psicológico, especialmente a crianças e adolescentes, realizei curso de Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psiquiatria da USP, e cursos voltados ao aprofundamento da prática clínica tanto pautados na psicologia analítica como na terapia cognitivo comportamental.
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