Transtornos Alimentares e Adolescência

Os transtornos alimentares, como explicado no texto anterior, estão relacionados a alterações
do comportamento alimentar, de pensamentos, atitudes e emoções relacionadas ao tema
podem iniciar muito cedo na vida de uma pessoa. A preocupação com peso e alimentação
pode começar já por volta dos 8 anos de idade, em geral se intensifica com a chegada da
puberdade e, na adolescência, frequentemente cursa com a insatisfação com a imagem
corporal.
Durante a adolescência é comum a existência de insatisfações com a imagem corporal
(imagem que temos do próprio corpo e os sentimentos associados e ele), uma vez que as
mudanças físicas que acontecem durante da puberdade causam um estranhamento do próprio
corpo.
Sendo a adolescência um período crítico de intensas alterações físicas e hormonais, é natural
que mudanças psicológicas e emocionais aconteçam. Essas mudanças podem atuar como
fatores de risco para o adoecimento mental, que em conjunto com uma série de outros fatores
vividos durante a adolescência podem colaborar para o desenvolvimento de Transtornos
Alimentares, como por exemplo: a suscetibilidade às influencias da mídia e do meio
sociocultural para que se tenha um peso e um corpo “ideais”, o despertar da sexualidade e o
desejo de sentir mais atraente fisicamente, bulliyng vivido na escola ou em outros ambientes,
comentários de figuras de autoridade (familiares) sobre o corpo do adolescente, baixa auto
estima entre outros.
Além disso, outros fatores podem influenciar no desenvolvimento de tais quadros psiquiátricos
nos adolescentes como fatores genéticos, traços de personalidade (como perfeccionismo e
impulsividade), cuidado ou não da família com o desenvolvimento daquele ser humano, entre
outros. Diante de tanto perigos nessa fase da vida, cabe aos pais a observação cuidadosa dos
comentários e atitudes dos filhos em relação aos alimentos e ao próprio corpo, e ao menor
sinal de inadequação procurar orientação profissional para o auxilio do equilíbrio físico e
mental do jovem, uma vez que os Transtornos Alimentares causam não apenas sofrimento
psíquico, mas alterações no bom funcionamento do organismo, organismos esse que ainda se
encontra em desenvolvimento.

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Doutora Maíra Babo

A psicologia começou fazer sentido para mim desde a adolescência quando percebi que corpo e mente estão em constante comunicação e se influenciando mutuamente. Desde muito cedo soube o caminho profissional que seguiria: psicologia em interface com o corpo, por isso a escolha da universidade foi criteriosa.

Após concluir a graduação pela Universidade Federal de São Paulo, iniciei meus estudos e práticas clínicas como psicóloga no Programa de Atendimento e Estudos da Somatização do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, onde pude praticar o atendimento psicológico a questões envolvendo corpo e mente.
Essa interface me suscitou cada vez mais curiosidade e após muito estudo da psicologia analítica, resolvi buscar algo mais voltado para o funcionamento neurológico, e foi quando iniciei minha formação em neuropsicologia – minha paixão profissional – pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP.

Em conjunto com essa formação participei de projetos de pesquisa e atendimento neuropsicológico a pessoas portadoras do vírus da Hepatite C no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, e em seguida a crianças e pessoas vítimas de traumatismo cranioencefálico no Instituto Central do Hospital das Clínicas da USP.

Após o vislumbre da reabilitação neuropsicológica em tais experiências profissionais, busquei a formação em Reabilitação Neuropsicológica pela Divisão de Neurologia do Hospital das Clínicas da USP.
A fim de melhorar meu atendimento neuropsicológico e psicológico, especialmente a crianças e adolescentes, realizei curso de Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psiquiatria da USP, e cursos voltados ao aprofundamento da prática clínica tanto pautados na psicologia analítica como na terapia cognitivo comportamental.

Por isso minha prática clínica é pautada no profissionalismo e no respeito ao ser humano que está diante de mim, sempre levando em consideração suas inúmeras dimensões de existência.

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