LÍTIO
O lítio é um mineral com diversas aplicações atualmente na vida do homem moderno. Porém um uso que nem sempre se conhece é como uma ferramenta valiosa no tratamento de transtornos mentais.
Classicamente, o uso do lítio é associado à estabilização do humor. O lítio é frequentemente utilizado como a principal medicação no tratamento do transtorno bipolar, ajudando a controlar as fases com alterações de humor (como a mania e a depressão bipolar), bem como prevenir novas ocorrências de crises.
Entretanto, seu uso é expandido para outros transtornos do humor. Quando se fala em depressão, com uma resposta parcial ao antidepressivo, o uso de lítio em associação ao tratamento convencional pode favorecer uma maior resposta ao tratamento. Assim, ele age potencializando os efeitos benéficos e proporcionando um tratamento mais efetivo.
E, para além disso, diversos estudos sugerem que o lítio pode reduzir significativamente o risco de comportamento suicida em pacientes com transtornos do humor, como transtorno bipolar e depressão.
Mais recentemente, tem sido avaliados seus benefícios na proteção do cérebro. O lítio parece apresentar propriedades neuroprotetoras, potencialmente desacelerando a progressão de certas condições neurodegenerativas.
Apesar dos benefícios, o lítio deve ser administrado sob supervisão médica devido aos possíveis efeitos adversos e é preciso monitorar seu nível sanguíneo.
Se você ou algum ente querido está lidando com problemas emocionais, é essencial buscar a orientação de um profissional de saúde mental. Assim, é possível se obter um diagnóstico adequado e tratamento personalizado, que pode contar ou não com o uso do lítio.
Entender o comportamento humano e contribuir com o seu cuidado são interesses que desenvolvi ao longo de toda minha formação e logo vi na Psiquiatria uma possibilidade de seguir atuando neste sentido.
Concluí minha formação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e logo em seguida ingressei na Residência de Psiquiatria pela mesma instituição. Além disso, atuo em atividades de extensão, como preceptor da Liga de Psiquiatria Clínica dos alunos de Medicina, e em atividades de pesquisa, com foco em transtornos mentais graves e intervenção precoce. Possuo artigos e capítulos de livros publicados na área de saúde mental, em revistas nacionais e internacionais.
Minha formação psicoterápica se dá na linha da Terapia Interpessoal (TIP), com foco em relações interpessoais atuais e suas possíveis correlações com o surgimento e/ou manutenção de sintomas clínicos, bem como com a melhora destes. O objetivo é melhorar o contexto interpessoal atual do indivíduo atuando na resolução de conflitos nas relações e ampliar o suporte social, visando a melhora dos sintomas.
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