Psicoterapia de casal
Quando pensamos sobre terapia de casal, ainda há um enorme estigma que nutri a ideia de ser o último recurso de uma dupla infeliz, prestes a constatar o fracasso da relação. Outra percepção muito comum, é de que sejam duas pessoas perdidas diante de um juiz, que determinará qual delas está menos errada. Ou ainda aquele velho clichê do casal discutindo calorosamente e o terapeuta que apenas anota e se mantém mudo.
A verdade é que todas essas ideias são equivocadas, distantes da realidade de um processo psicoterapêutico qualificado e toda sua eficácia.
A psicoterapia de casal é uma importante ferramenta para auxiliar pessoas com dificuldade de comunicação, conflitos, traumas… mas que reconhecem que existe afeto pelo companheiro, afinidades, objetivos e um ideal que os motive a lutar.
Algumas VERDADES sobre a psicoterapia de casal:
1 – O objetivo é ter qualidade de vida. Juntos ou separados Manter o casal unido é o maior objetivo, desde que isso não custe à saúde emocional de ambos. A psicoterapia preza pelo cuidado das emoções e promoção de qualidade de vida, se esses dois aspectos forem incompatíveis com o relacionamento, a decisão de ficarem juntos pode e deve ser revista; sendo o psicólogo um mediador para que a escolha do casal seja assertiva.
2 – Não há um Juiz. Não se negocia imparcialidade O papel do psicólogo é mediar, facilitar, reduzir os ruídos na comunicação, promovendo maior compreensão entre os parceiros, ampliando perspectivas acerca do relacionamento como um todo.
3 – O processo pode ser desgastante
A motivação para busca da terapia geralmente é um conflito e a versão dos fatos de um, frequentemente é questionada por outro. Cabe ao psicólogo manejar essas diferentes perspectivas, assinalando aspectos relevantes e contribuindo para a construção de novas possibilidades que facilitem a convivência e promovam bem estar.
4 – Não basta ir, tem que participar
Assim como na psicoterapia individual, é preciso se sentir confortável com o psicólogo e se envolver no processo. Ser honesto, expor abertamente questões que não façam sentido, que estejam desagradando, gerando angústia, é muito importante para que haja resultados efetivos na psicoterapia.
5 – O que acontece no consultório, fica no consultório
O compromisso de confidencialidade é altamente necessário. Confiança é a protagonista em um processo psicoterapêutico, sem ela não há base para transparência e processo está fadado ao fracasso.