Análise Funcional e Narcisismo
A análise funcional é uma abordagem na psicologia que busca entender os comportamentos a partir de suas funções, antecedentes e consequências. Quando aplicada ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), a análise funcional ajuda a examinar como as obsessões e compulsões se relacionam com os antecedentes que as desencadeiam e as consequências que as mantêm. Aqui está como a análise funcional pode ser aplicada ao TOC:
- Antecedentes:
Obsessões: As obsessões são pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos e angustiantes. Os antecedentes podem variar, mas podem incluir situações específicas, estímulos ou gatilhos emocionais que desencadeiam as obsessões. Por exemplo, uma pessoa com TOC pode experimentar
obsessões sobre contaminação quando toca em objetos públicos.
Compulsões: As compulsões são comportamentos repetitivos realizados para aliviar a ansiedade
associada às obsessões. Os antecedentes para compulsões podem ser as próprias obsessões, o medo de uma consequência negativa ou o desejo de evitar a ansiedade. Por exemplo, alguém que tem obsessões sobre contaminação pode lavar as mãos compulsivamente após tocar em superfícies. - Comportamentos (Obsessões e Compulsões):
As obsessões são os pensamentos intrusivos que geram ansiedade. Elas são os antecedentes para as compulsões.
As compulsões são os comportamentos repetitivos que uma pessoa realiza em resposta às
obsessões para aliviar a ansiedade. Esses comportamentos temporariamente reduzem o
desconforto associado às obsessões. - Consequências:
Alívio da Ansiedade: A consequência principal das compulsões é a redução temporária da
ansiedade. Quando uma pessoa realiza uma compulsão, ela experimenta um alívio momentâneo da
ansiedade, o que a recompensa pelo comportamento.
Aprendizado Associativo: Com o tempo, o alívio da ansiedade após realizar compulsões reforça a
conexão entre obsessões e compulsões. Isso pode levar à crença de que as compulsões são
necessárias para evitar situações angustiantes. - Ciclo de Manutenção:
O ciclo de manutenção do TOC envolve a repetição das obsessões e compulsões, alimentado pelo
alívio temporário da ansiedade. A pessoa pode acreditar que precisa realizar as compulsões para
evitar um resultado terrível (mesmo que irracional) associado às obsessões.
A análise funcional ajuda os terapeutas a entenderem por que as compulsões são realizadas e como elas são mantidas ao longo do tempo. Na terapia cognitivo-comportamental (TCC), que é frequentemente usada para tratar o TOC, a análise funcional ajuda a identificar antecedentes específicos, substituir compulsões por estratégias mais adaptativas e desenvolver maneiras de enfrentar as obsessões sem recorrer a compulsões. Isso pode ajudar a
quebrar o ciclo de manutenção do TOC e reduzir a ansiedade associada.
A Psicologia não estava em meus planos de carreira até descobrir que já tinha sido escolhido por ela antes mesmo de me imaginar como profissional.
Lembrei-me de como eu costumava passar o tempo do recreio imaginando o porquê de alguém se sentir ou agir assim ou assado.
Tive o privilégio de ingressar na Universidade de São Paulo pois esta instituição me ajudou a pensar de forma mais crítica e aprofundada sobre o comportamento humano. E assim foi feita a graduação, sempre almejando trabalhar com aquilo que, de alguma forma, poderia contribuir para os que buscavam uma vida mais satisfatória. Consequência natural foi me especializar em Neuropsicologia, ramo da ciência que pôde me auxiliar num atendimento mais personalizado, conectando-me a outros profissionais de campos diversos e talentos únicos, essenciais para essa empreitada cheia de obstáculos. Atualmente sou psicoterapeuta de abordagem analítico-comportamental, já com experiência em atividades de aconselhamento em ambulatórios de medicina preventiva, oncologia, planejamento familiar e como psicólogo clínico em terapias individuais. Além disso, realizo Avaliação Neuropsicológica, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas (ex: Alzheimer) ou distúrbios de aprendizagem e desenvolvimento (ex: Déficit de Atenção e Hiperatividade, Autismo, etc.), prestando suporte aos médicos, cuidadores e educadores. Costumo brincar que meu maior medo como psicólogo, não é quando vai atender a primeira vez alguém e sim, se esta pessoa irá retornar para nossa próxima sessão. Para minha sorte, foi uma agradável surpresa ter a chance de, cada vez mais, rever os rostos construindo suas histórias, as mesmas que ajudei a inspirar. É esta alegria que continua impulsionando meu contínuo crescimento pessoal e profissional.
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