PERDA AUDITIVA E DEMÊNCIA
Já há alguns estudos que descrevem que a perda auditiva facilita o desenvolvimento de quadros demenciais, sendo então considerada o principal fator de risco modificável. Alguns desses estudos relacionam que até 8% dos casos de demência podem estar diretamente relacionados com esse prejuízo.
Não só a perda auditiva pode facilitar o quadro demencial como pode confundir um quadro depressivo. Ao não escutar bem, o paciente pode começar a se isolar, interagir menos e procurar menos por atividades prazerosas.
O uso de aparelhos auditivos de qualidade pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas com perda auditiva, ajudando-as a se manterem socialmente ativas e reduzindo a sobrecarga cognitiva. Além disso, a manutenção de um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares, também pode contribuir para a prevenção da demência.
Em alguns casos, a relação é inversa. O declínio cognitivo/processo demencial é quem causaria o déficit auditivo. A perda auditiva pode ser um marcador de fragilidade neurológica devido a processos de doenças que afetam tanto a audição quanto a cognição.
É muito importante que o paciente faça uma boa avaliação tanto com a equipe de saúde mental como a devida avaliação e tratamento do processo auditivo.