Uma vez que o abuso de substâncias psicoativas vem a serviço de alterar a percepção da realidade, atenuando e “enevoando” a atmosfera vivida pelo indivíduo, tal finalidade vem ao justamente ao encontro da necessidade de possibilitar essa evasão, essa “fuga” das situações entendidas como insuportáveis pelo indivíduo, variando conforme a história de cada um, como nunca é demais lembrar. As pessoas são diferentes, têm vidas e realidades diferentes, e não sofrem pelas mesmas coisas, muito menos da mesma forma. Na clínica é comum encontrar relatos de pessoas vivenciando sintomatologia descrita como dissociativa. Frequentemente ligada justamente à essa necessidade de “desligar a cabeça”, de modo transitório. Substâncias psicoativas têm o mesmo papel. Modificar, distorcer, alterar a percepção e a vivência da realidade e do mundo ao redor. Assim sendo, tendo em vista a redução de danos, na qual se preconiza que a pessoa tenha a possibilidade de escolher por si mesma os caminhos de sua vida, e entender em maior profundidade os motivos e razões os quais o levam a querer usar a substância, entender o porquê sentem vontade de se alijar, se afastar, se alienar da dor, podemos pensar a relação entre os sintomas dissociativos e o uso abusivo de substâncias psicoativas. Mais eficaz do que lutar cegamente contra o uso de tais substâncias parece estar problematizar frontalmente junto ao usuário numa conversa franca e aberta sem nenhum viés de julgamento ou punição, as motivações que levam a buscar, afinal, sair do corpo, desligar a mente, afastar-se de si. Tratar com sensibilidade e respeito tais situações parece ser uma forma coerente de oferecer apoio e compreensão. Dissociação e abuso de substância podem ser vistos como uma solução a uma realidade insuportável e não um desvio de caráter ou qualquer caráter imoral. Se você conhece alguém que já se queixou dessas sensações, recomende buscar ajuda especializada. Melhor qualidade de vida é para todos, sempre. Importante deixar claro que episódios de dissociação não são a mesma coisa de um transtorno dissociativo propriamente dito. Para que consideremos um conjunto de sinais e sintomas como um transtorno, é necessário que tais alterações de percepção do mundo ao redor causem prejuízo relevante ao curso da vida diária da pessoa.
Tais alterações devem também persistir por período suficiente, variável conforme os sintomas e a apresentação em cada indivíduo em particular. Posto isso, no que consiste um sintoma de dissociação? Em linhas gerais, é a saída que a mente encontra para sair imediatamente de uma situação considerada insuportável. É como se o cérebro “desligasse”, de forma transitória e em geral rápida, por poucos minutos, causando sensação de “estar fora do corpo”, “flutuar”, “sensação de desconexão” do corpo em relação ao que se passa ao redor. Fundamental também salientar que devem ser descartadas todas as hipóteses de etiologia orgânica, sobretudo da sensação transitória de ausência e de “cérebro desligado”, afastando hipóteses diagnósticas de eventual etiologia orgânica de outra ordem, a exemplo das eplepsias. Tais descrições sintomatológicas podem ser mais frequentes do que se imagina, possibilitando contextualizar tais manifestações dissociativas referidas pelos indivíduos às situações de vida não necessariamente ligadas a um contexto psicopatológico. Dito de outro modo, podemos pensar de que forma as manifestações de dissociação podem estar relacionadas a um fenômeno do tempo em que vivemos. A dissociação, pelas suas características enquanto alteração formal de juízo de percepção e juízo de realidade, existe para fazer frente a situações percebidas como ameaçadoras, deletérias e, de maneira geral, difíceis de suportar pelo sujeito que as vivencia. Sendo assim, para fazer frente à tal situação aversiva, o corpo (para além do cérebro) encontra maneiras de “evadir-se” da situação que provoca tamanho desconforto. Daí a referida sensação de despersonalização, de sentir-se “fora do corpo”, entre outras conforme supracitado. É possível entender tais manifestações como uma maneira adaptativa e até salutar de preservação contra a realidade com a qual não se consegue lidar. Tal estado de coisas guarda estreita relação com o uso abusivo de substâncias psicoativas, como álcool e maconha, por exemplo.
Minha curiosidade pelos processos da mente humana, suas estruturas, as viscissitudes e singularidades que fazem cada um de nós ser tão único, o gosto pelos estudos.
Uma vez que o abuso de substâncias psicoativas vem a serviço de alterar a percepção darealidade, atenuando e “enevoando” a atmosfera vivida pelo indivíduo, tal finalidade vemao justamente ao encontro da necessidade de possibilitar essa evasão, essa “fuga” dassituações entendidas como insuportáveis pelo indivíduo, variando conforme a história decada um, como nunca é demais lembrar. As pessoas são diferentes, têm vidas erealidades diferentes, e não sofrem pelas mesmas coisas, muito menos da mesma forma.Na clínica é comum encontrar relatos de pessoas vivenciando sintomatologia descritacomo dissociativa. Frequentemente ligada justamente à essa necessidade de “desligar acabeça”, de modo transitório.Substâncias psicoativas têm o mesmo papel. Modificar, distorcer, alterar a percepção e avivência da realidade e do mundo ao redor.Assim sendo, tendo em vista a redução de danos, na qual se preconiza que a pessoatenha a possibilidade de escolher por si mesma os caminhos de sua vida, e entender emmaior profundidade os motivos e razões os quais o levam a querer usar a substância,entender o porquê sentem vontade de se alijar, se afastar, se alienar da dor, podemospensar a relação entre os sintomas dissociativos e o uso abusivo de substânciaspsicoativas.Mais eficaz do que lutar cegamente contra o uso de tais substâncias parece estarproblematizar frontalmente junto ao usuário numa conversa franca e aberta sem nenhumviés de julgamento ou punição, as motivações que levam a buscar, afinal, sair do corpo,desligar a mente, afastar-se de si.Tratar com sensibilidade e respeito tais situações parece ser uma forma coerente deoferecer apoio e compreensão. Dissociação e abuso de substância podem ser vistoscomo uma solução a uma realidade insuportável e não um desvio de caráter ou qualquercaráter imoral.Se você conhece alguém que já se queixou dessas sensações, recomende buscar ajudaespecializada. Melhor qualidade de vida é para todos, sempre. Importante deixar claroque episódios de dissociação não são a mesma coisa de um transtorno dissociativopropriamente dito.Para que consideremos um conjunto de sinais e sintomas como um transtorno, énecessário que tais alterações de percepção do mundo ao redor causem prejuízorelevante ao curso da vida diária da pessoa. Tais alterações devem também persistir por período suficiente, variável conforme ossintomas e a apresentação em cada indivíduo em particular.Posto isso, no que consiste um sintoma de dissociação?Em linhas gerais, é a saída que a mente encontra para sair imediatamente de umasituação considerada insuportável. É como se o cérebro “desligasse”, de forma transitóriae em geral rápida, por poucos minutos, causando sensação de “estar fora do corpo”,”flutuar”, “sensação de desconexão” do corpo em relação ao que se passa ao redor.Fundamental também salientar que devem ser descartadas todas as hipóteses deetiologia orgânica, sobretudo da sensação transitória de ausência e de “cérebrodesligado”, afastando hipóteses diagnósticas de eventual etiologia orgânica de outraordem, a exemplo das eplepsias.Tais descrições sintomatológicas podem ser mais frequentes do que se imagina,possibilitando contextualizar tais manifestações dissociativas referidas pelos indivíduos àssituações de vida não necessariamente ligadas a um contexto psicopatológico. Dito deoutro modo, podemos pensar de que forma as manifestações de dissociação podem estarrelacionadas a um fenômeno do tempo em que vivemos.A dissociação, pelas suas características enquanto alteração formal de juízo depercepção e juízo de realidade, existe para fazer frente a situações percebidas comoameaçadoras, deletérias e, de maneira geral, difíceis de suportar pelo sujeito que asvivencia.Sendo assim, para fazer frente à tal situação aversiva, o corpo (para além do cérebro)encontra maneiras de “evadir-se” da situação que provoca tamanho desconforto. Daí areferida sensação de despersonalização, de sentir-se “fora do corpo”, entre outrasconforme supracitado. É possível entender tais manifestações como uma maneiraadaptativa e até salutar de preservação contra a realidade com a qual não se conseguelidar.Tal estado de coisas guarda estreita relação com o uso abusivo de substânciaspsicoativas, como álcool e maconha, por exemplo.
Uma vez que o abuso de substâncias psicoativas vem a serviço de alterar a percepção darealidade, atenuando e “enevoando” a atmosfera vivida pelo indivíduo, tal finalidade vemao justamente ao encontro da necessidade de possibilitar essa evasão, essa “fuga” dassituações entendidas como insuportáveis pelo indivíduo, variando conforme a história decada um, como nunca é demais lembrar. As pessoas são diferentes, têm vidas erealidades diferentes, e não sofrem pelas mesmas coisas, muito menos da mesma forma.Na clínica é comum encontrar relatos de pessoas vivenciando sintomatologia descritacomo dissociativa. Frequentemente ligada justamente à essa necessidade de “desligar acabeça”, de modo transitório.Substâncias psicoativas têm o mesmo papel. Modificar, distorcer, alterar a percepção e avivência da realidade e do mundo ao redor.Assim sendo, tendo em vista a redução de danos, na qual se preconiza que a pessoatenha a possibilidade de escolher por si mesma os caminhos de sua vida, e entender emmaior profundidade os motivos e razões os quais o levam a querer usar a substância,entender o porquê sentem vontade de se alijar, se afastar, se alienar da dor, podemospensar a relação entre os sintomas dissociativos e o uso abusivo de substânciaspsicoativas.Mais eficaz do que lutar cegamente contra o uso de tais substâncias parece estarproblematizar frontalmente junto ao usuário numa conversa franca e aberta sem nenhumviés de julgamento ou punição, as motivações que levam a buscar, afinal, sair do corpo,desligar a mente, afastar-se de si.Tratar com sensibilidade e respeito tais situações parece ser uma forma coerente deoferecer apoio e compreensão. Dissociação e abuso de substância podem ser vistoscomo uma solução a uma realidade insuportável e não um desvio de caráter ou qualquercaráter imoral.Se você conhece alguém que já se queixou dessas sensações, recomende buscar ajudaespecializada. Melhor qualidade de vida é para todos, sempre. Importante deixar claroque episódios de dissociação não são a mesma coisa de um transtorno dissociativopropriamente dito.Para que consideremos um conjunto de sinais e sintomas como um transtorno, énecessário que tais alterações de percepção do mundo ao redor causem prejuízorelevante ao curso da vida diária da pessoa. Tais alterações devem também persistir por período suficiente, variável conforme ossintomas e a apresentação em cada indivíduo em particular.Posto isso, no que consiste um sintoma de dissociação?Em linhas gerais, é a saída que a mente encontra para sair imediatamente de umasituação considerada insuportável. É como se o cérebro “desligasse”, de forma transitóriae em geral rápida, por poucos minutos, causando sensação de “estar fora do corpo”,”flutuar”, “sensação de desconexão” do corpo em relação ao que se passa ao redor.Fundamental também salientar que devem ser descartadas todas as hipóteses deetiologia orgânica, sobretudo da sensação transitória de ausência e de “cérebrodesligado”, afastando hipóteses diagnósticas de eventual etiologia orgânica de outraordem, a exemplo das eplepsias.Tais descrições sintomatológicas podem ser mais frequentes do que se imagina,possibilitando contextualizar tais manifestações dissociativas referidas pelos indivíduos àssituações de vida não necessariamente ligadas a um contexto psicopatológico. Dito deoutro modo, podemos pensar de que forma as manifestações de dissociação podem estarrelacionadas a um fenômeno do tempo em que vivemos.A dissociação, pelas suas características enquanto alteração formal de juízo depercepção e juízo de realidade, existe para fazer frente a situações percebidas comoameaçadoras, deletérias e, de maneira geral, difíceis de suportar pelo sujeito que asvivencia.Sendo assim, para fazer frente à tal situação aversiva, o corpo (para além do cérebro)encontra maneiras de “evadir-se” da situação que provoca tamanho desconforto. Daí areferida sensação de despersonalização, de sentir-se “fora do corpo”, entre outrasconforme supracitado. É possível entender tais manifestações como uma maneiraadaptativa e até salutar de preservação contra a realidade com a qual não se conseguelidar.Tal estado de coisas guarda estreita relação com o uso abusivo de substânciaspsicoativas, como álcool e maconha, por exemplo.
A Mancini Psiquiatria e Psicologia oferece soluções customizadas em Saúde Mental para a sua empresa, desde a detecção e tratamento de transtornos psiquiátricos e psicológicos até diagnósticos e intervenção sistêmicos da identidade corporativa.